Cartas de esperança para o Rio Grande do Sul

Chapecó – Nessa quinta-feira (09) estudantes do 5º ano da Escola EBM Agropecuária Demétrio Baldissarelli, situada no distrito de Marechal Bormam em Chapecó, dedicaram-se a escrever cartas para os afetados pelas enchentes no Rio Grande do Sul.

A quinta-feira (09) foi diferente para os alunos da EBM Agropecuária Demétrio Baldissarelli, situada no interior de Chapecó. A escola foi palco de uma bela demonstração de solidariedade e empatia. Alunos do 5º ano expressaram seus sentimentos de amor e compaixão ao escreverem cartas destinadas aos afetados pelas enchentes no Rio Grande do Sul. Sob a iniciativa da professora Elizabete Gonçalves, os estudantes se envolveram ativamente na atividade.

A professora conta que percebendo a preocupação das crianças diante das imagens impactantes veiculadas na mídia, decidiu transformar essa preocupação em ação concreta. A iniciativa, que partiu dos alunos, foi incentivada pela professora. “Durante a semana, eles vinham e relatavam o que estavam assistindo e acompanhando nas redes sociais. Como o Rio Grande do Sul é um
estado vizinho, eles têm parentes, têm conhecidos, têm amigos que moram lá, eles falavam muito sobre isso”, comentou a professora.

Diante da tragédia das enchentes, Elizabete notou a sensibilização das crianças e optou por utilizar um texto do livro “E a Chuva”, recentemente lançado pela autora Sabrina Fuhr, que trata do tema das enchentes, para contar uma história em sala de aula.

Durante a narrativa, segundo a professora, tanto ela quanto os alunos se emocionaram.
Após a leitura, os alunos compartilharam experiências e sugeriram iniciativas de ajuda às vítimas, como doações de alimentos e roupas. Encorajados pela professora, as crianças começaram a pensar em maneiras de contribuir como escola, resultando em diversas ideias. Foi assim que surgiu a ideia de os alunos escreverem cartas de solidariedade, expressando desejos de paz e alegria para aqueles afetados pelas enchentes.

Nicolas Henrique Cromianski tem 10 anos e é um dos alunos que participou. O menino compartilhou uma mensagem de conforto, convidando as pessoas a permanecerem otimistas, pois a adversidade logo passará. Em suas próprias palavras, ele traduziu os sentimentos. “Eu escrevi que está tudo bem, a chuva vai passar”, disse.

Já Laura Valentina Sperotto, outra estudante da mesma turma, utilizou corações em seu desenho e incluiu as palavras “Deus, amor, afeto”. A intenção, segundo ela é transmitir esperança. “Eu desejo que as pessoas se sintam melhor e não carreguem o peso da tristeza diante dessa situação”, comentou.

Durante a atividade, surgiu uma questão crucial: como as cartas poderiam chegar às pessoas necessitadas? Foi então que os professores tiveram a ideia de colocar as cartas dentro das cestas básicas, que seriam distribuídas para as comunidades afetadas.

Na tarde dessa quinta-feira (09), cerca de 30 alunos dirigiram-se ao Centro de Eventos, onde as cartas foram cuidadosamente inseridas nas cestas básicas, prontas para serem entregues às mãos daqueles que mais precisam.

A vice-diretora Ângela Cleia Carteri ficou surpresa com a atividade. “Quando vi as mensagens sendo escritas, os desenhos sendo feitos, fiquei emocionada. Não podemos manter uma experiência como essa apenas dentro dos muros da escola”, comentou.

Segundo ela, essa iniciativa não apenas permite que as crianças se envolvam ativamente em ajudar o próximo, mas também promove valores fundamentais como empatia e responsabilidade social. O projeto, que teve início com uma turma do quinto ano, será expandido para todas as turmas do ensino fundamental I da instituição. (Diário do Iguaçu)



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