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Após cinco anos foragido, Marcos Roberto de Almeida, conhecido como Tuta, apontado como sucessor de Marcola no comando do Primeiro Comando da Capital (PCC), foi finalmente capturado. A prisão ocorreu na última sexta-feira (16), na Bolívia, quando ele tentava renovar um documento de identidade com um nome falso: Maycon Gonçalves da Silva.
A captura foi feita pela Fuerza Especial de Lucha contra el Crimen, após identificação de um alerta vermelho da Interpol, ativo desde 2020. Tuta responde por crimes de organização criminosa, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, e já tem duas condenações no Brasil, totalizando 12 anos e 6 meses de prisão.
A operação de entrega ao Brasil ocorreu em Corumbá (MS) e envolveu uma megaestrutura coordenada pelo Ministério da Justiça, Polícia Federal e Ministério das Relações Exteriores. Mais de 50 agentes, incluindo elite do COT, 20 viaturas, helicóptero Águia e escolta de 18 agentes da Polícia Penal Federal foram acionados para garantir a segurança no trajeto até a Penitenciária Federal de Brasília, onde também está detido Marcola, ex-chefe do PCC.
Havia expectativa de que Tuta fosse enviado para a Penitenciária II de Presidente Venceslau (SP), reduto histórico da cúpula da facção. No entanto, por razões de segurança, o governo optou por mantê-lo sob regime federal.
Segundo o promotor Lincoln Gakiya, especialista na atuação do PCC, Tuta era da “sintonia primária” do grupo, mas ganhou mais poder com a remoção de Marcola. “Ele foi nominado por Marcola como o novo número 1, dentro e fora dos presídios”, afirmou Gakiya. “É um velho conhecido. Em liberdade, atingiu o status de novo Marcola.”
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Fonte : Hora Brasilia
