

Placa verde tem novo significado no trânsito – Foto: Reprodução/https://postal.pt/
A sinalização das rodovias é um elemento essencial para a garantia da segurança dos motoristas e o bom funcionamento das estradas. As regras evoluem para acompanhar novas realidades na mobilidade e isso inclui o aparecimento de placas com funções mais específicas.
Um desses exemplos gera debate com uma nova placa verde apareceu em algumas estradas francesas e levanta dúvidas e curiosidade entre os condutores.
A placa verde já pode ser observada em algumas estradas francesas, mas não está em vigor nem em Portugal, nem na Espanha. Essa placa circular com contorno verde, que exibe um número, geralmente associado a uma velocidade máxima.
Ao contrário das habituais placas com contorno vermelho, ela não tem caráter obrigatório.
O que distingue essa sinalização é a função: ela não pretende impor um limite legal de velocidade, mas sim sugerir uma velocidade considerada segura ou adequada para determinado trecho da via, em função das condições de circulação.
Placa verde: recomendação, não obrigação
Ao contrário das placas tradicionais que impõem limites legais e cuja violação pode resultar em multas, essa nova placa verde funciona apenas como orientação.
Se um condutor circular acima da velocidade indicada, não estará cometendo uma infração.
No entanto, quando essa placa surge em conjunto com outra de contorno vermelho, prevalece sempre a de caráter obrigatório, como previsto na sinalização rodoviária. A recomendação da placa verde pode complementar, mas nunca substituir uma obrigação legal.
O que significam as formas das placas?
A sinalização vertical nas estradas é organizada por formas e cores, cada uma tem sua finalidade. As placas circulares servem para indicar proibições, obrigações ou nesse caso, recomendações.
As triangulares alertam para perigos. As retangulares ou quadradas fornecem indicações, direções ou informações úteis ao condutor, segundo a mesma fonte.
Além da forma, existe também uma ordem de prioridade definida. Em primeiro lugar, prevalecem sempre as indicações dos agentes de autoridade.
Depois, surgem as sinalizações temporárias, como as usadas em zonas de obras. Seguem-se os semáforos, as placas verticais e, por fim, as marcações no pavimento.
Menos multas, mais consciência
A principal vantagem apontada por quem defende a nova sinalização é a função pedagógica. Ao sugerir uma velocidade sem obrigar o cumprimento, promove-se uma condução mais consciente e adaptada ao contexto real da estrada.

As multas de trânsito no Brasil prescrevem em cinco anos – Foto: Freepik/ND
Isso pode ser útil em zonas residenciais, áreas escolares ou trechos com histórico de acidentes, onde se pretende reduzir a velocidade média dos carros, porém sem transformar o excesso em infração automática.
Aceitação da sinalização pode depender dos condutores
A eficiência da nova sinalização com a placa verde vai depender da aceitação dos condutores. Assim como acontece com outros sinais, de recomendação já existentes, a adesão voluntária será essencial para que a medida tenha impacto na segurança rodoviária.
À medida que a mobilidade se torna mais complexa, cresce também a necessidade de sinais mais versáteis e ajustados às realidades do trânsito moderno.