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Após meses de espera, o Portal da Transparência da Controladoria-Geral da União (CGU) atualizou brevemente os dados de despesas com viagens do governo federal sob a gestão Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A plataforma ficou acessível por poucas horas, mas foi tempo suficiente para expor um aumento expressivo nos gastos, que saltaram de R$ 80 milhões no final de fevereiro para R$ 212,1 milhões até o início de abril.
A revelação foi publicada pela coluna de Cláudio Humberto, do Diário do Poder, nesta sexta-feira (17), e evidencia uma expansão de 165% nos custos com deslocamentos oficiais apenas nos três primeiros meses de 2025.
Segundo os dados capturados, as diárias de funcionários representaram o maior gasto, somando R$ 123,5 milhões. Já as passagens aéreas custaram R$ 87,5 milhões, com destaque para o trecho Rio de Janeiro – Brasília, o mais frequente da malha do governo: mais de 4 mil bilhetes, com valor médio de R$ 1.400 por voo.
O volume de deslocamentos entre as duas cidades evidencia a intensa movimentação da máquina pública, especialmente no período de viagens internacionais do presidente Lula e de sua comitiva — como as missões recentes à Rússia e à China, que envolveram mais de 120 pessoas.
Apesar da atualização parcial das despesas com viagens, os gastos com cartões corporativos — uma das áreas mais sensíveis e menos transparentes do governo — seguem sem detalhamento atualizado. O último registro mostra que, até abril, R$ 26,5 milhões haviam sido movimentados com os cartões.
Somente a Presidência da República utilizou cerca de R$ 6 milhões em apenas três meses, com 26 cartões ativos.
A falta de informações mais granulares sobre quem gasta, quanto gasta e com o quê impede o controle social mais eficaz, mesmo com o discurso oficial de compromisso com a transparência.
Chama a atenção o fato de que, logo após a nova atualização, o portal da CGU saiu novamente do ar, impedindo o acesso a dados mais completos e atualizados. A interrupção levanta suspeitas e pressiona o governo a explicar por que informações de interesse público são tratadas de forma tão intermitente.

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Fonte : Hora Brasilia