

Cidadania americana pode ser disputada por imigrantes em reality show – Foto: Reprodução/ND
O Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos (DHS) está analisando uma proposta nunca vista anteriormente: transformar parte do processo imigratório em um reality show, no qual imigrantes competiriam por uma possível cidadania americana.
Segundo a imprensa local, a ideia foi apresentada pelo produtor Rob Worsoff, conhecido por realities como “Duck Dynasty”, e já teria sido discutida anteriormente com integrantes dos governos Obama e Biden.
De acordo com a porta-voz do DHS, Tricia McLaughlin, a proposta ainda está nos estágios iniciais de avaliação, mas ela confirmou que já houve uma conversa com o produtor, afirmou o Daily Mail.
“Cada proposta passa por um processo de seleção minucioso antes de ser rejeitada ou aprovada”, declarou.
Como seria o reality show com cidadania americana premiada?
Segundo informações divulgadas pelo Wall Street Journal, o programa seria estruturado em episódios de uma hora com desafios inspirados na história e na cultura americana.

Para conseguir a cidadania americana, os imigrantes precisariam vencer desafios inspirados na história e na cultura americana – Foto: Reprodução/ND
Para continuar na corrida pelo “american dream”, os imigrantes precisariam vencer provas como simular a corrida do ouro em São Francisco. Ou então, montar o chassi de um Ford Modelo T em Detroit, um aceno à indústria automobilística americana.
A jornada começaria na Ilha de Ellis, símbolo histórico da imigração nos Estados Unidos, onde os competidores seriam recebidos por um apresentador também naturalizado, e seguiriam percorrendo o país de trem.
Entre os nomes cogitados estão Sofia Vergara, Ryan Reynolds e Mila Kunis. Depois, os participantes viajariam de trem pelos Estados Unidos, sendo eliminados episódio a episódio até que restasse apenas um vencedor, definido como “o mais americano”.

O DHS garantiu que não haveria deportações como punição para os participantes eliminados – Foto: Reprodução/ND
Rob Worsoff garante que a proposta não prevê deportações como punição para os participantes eliminados.
“Isto não é Jogos Vorazes para imigrantes”, ironizou ao jornal, acrescentando que o objetivo do reality seria uma celebração da cidadania americana, e não uma humilhação pública.
Embora McLaughlin tenha afirmado que o DHS recebe centenas de propostas televisivas todos os anos, incluindo projetos documentais e de investigação, a sugestão de transformar a naturalização em um espetáculo televisionado gerou preocupações éticas e críticas nas redes sociais.