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“Sabemos que a ideia da gravidez, da gestação e da própria criação de filhos pode trazer sentimentos ambivalentes. Pode haver desejo, porém, pode haver também medo e receio. Para algumas pessoas, o cuidado a estes bonecos hiper-realistas representam uma tentativa simbólica de experimentar o que o indivíduo não consegue, por diversos fatores, vivenciar na realidade”. A declaração é da psicóloga, Alice Santos
No entanto, de acordo com Alice Santos, isto torna-se preocupante quando o indivíduo usa a relação com estes objetos como forma de escapar da realidade e como estratégia de fuga para emoções difíceis, o que leva a uma dependência afetiva no objeto inanimado.
“Tal estratégia ilustra uma das marcas da nossa sociedade contemporânea: o esvaziamento das relações e a fragilidade dos vínculos. Neste cenário, acaba se tornando mais fácil estabelecer um pretenso “vínculo” com aquilo que não retorna e com o que não há reciprocidade”, comentou.
Para a psicóloga, nestes caso, é necessário buscar acompanhamento psicológico, especialmente para tentar compreender o que o indivíduo está tentando preencher. Há de se lembrar, também, que nem tudo é passível de preenchimento, tampouco de previsibilidade. A vida real é marcada por relações, presenças e eventuais frustrações. Cabe a nós, enquanto indivíduos, termos esta percepção e atentarmos a possíveis tentativas de tamponar estas possibilidades.
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