No fechamento de capital da Serena Energia, um personagem “oculto”: a General Atlantic

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Após suas ações subirem 116% em 2025, na esteira dos rumores de que iria fechar o seu capital, a Serena Energia, finalmente confirmou o movimento. Em fato relevante, a empresa de energia renovável informou que recebeu uma oferta pública de aquisição (OPA) que pode resultar na deslistagem da companhia na B3.

A OPA está sendo encampada pela Actis – maior acionista da Serena, com uma fatia de 26,8% -, em conjunto com o GIC, fundo soberano de Cingapura. A proposta envolve um pagamento de R$ 11,74 por ação, um prêmio de 10% sobre o preço do fechamento do papel no pregão da terça-feira, 11 de maio.

Ainda nesses termos, Antonio Bastos Filho, CEO da Serena, irá acompanhar a oferta. Já a Tarpon, que hoje detém 20,42% da companhia, celebrou um acordo para se desfazer da totalidade das suas ações nesse processo, cuja conclusão, conforme apurou o NeoFeed, é esperada em um prazo de 150 dias.

Em meio a tantos atores envolvidos, um nome, no entanto, chama a atenção, mesmo que nas entrelinhas: a General Atlantic, gestora americana que, no início de 2024, incorporou a britânica Actis, mas manteve o nome e a equipe de gestão. E que, nos últimos anos, começou a construir um histórico de busca por OPAs de ativos brasileiros.

Esse foi o caso da Arco Educação. Em dezembro de 2022, a General Atlantic e a Dragoneer, fizeram uma proposta para fechar o capital da companhia listada na Nasdaq. A conclusão do processo, que envolveu o montante de US$ 400 milhões e avaliou a empresa em US$ 1,5 bilhão, aconteceu um ano depois.

O desfecho não foi o mesmo em outro caso recente: a Locaweb, que esteve no centro de rumores de uma possível deslistagem nos últimos meses. Conforme apurou o NeoFeed, a General Atlantic, que detém 15,9% na operação, tentou fechar o capital da empresa brasileira, mas não conseguiu avançar no projeto por resistência dos controladores da empresa.

Com a Serena, a General Atlantic reforça seu apetite no mercado brasileiro. Mesmo que, nesse jogo, a gestora americana esteja entrando em campo como um participante indireto.

Essa relação teve início em janeiro de 2024, quando a General Atlantic anunciou a aquisição da Actis. Com o acordo, a gestora americana estreou no segmento de infraestrutura, mas manteve o time da gestora britânica à frente da operação. E, nessa esteira, se tornou, indiretamente, sócia da Serena.

Nesse novo capítulo, uma possível deslistagem da empresa já vinha sendo especulada há alguns meses, em um cenário que ajudou a impulsionar uma valorização da ação em 6,7% em 2025, levando-se em conta o preço de tela no fechamento do pregão de ontem, de R$ 10,66.

Nos termos da oferta, o preço de R$ 11,74 por ação representa um prêmio de 122,3% em relação à cotação do papel no encerramento do primeiro dia de negociações de 2025. E de 24,6% sobre o preço médio ponderado dos últimos 30 pregões.

Já no que diz respeito à reação inicial do mercado ao anúncio da OPA, as ações abriram o dia na B3 com alta de mais de 7,4%. E estavam sendo negociadas com uma valorização de 6,94% por volta das 12h40, cotadas a R$ 11,40, dando à empresa um valor de mercado de R$ 7,09 bilhões.

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Neofeed

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