André Coutinho expõem “herança” de Vitor Hugo e adota medidas drásticas que podem atrapalhar pré-candidatura do ex-prefeito

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O prefeito de Cabedelo, André Coutinho (Avante) colocou sua caneta para funcionar e adotou medidas que revelam não apenas a situação financeira crítica da administração, mas também o tamanho do desafio herdado do ex-prefeito Vitor Hugo — aliado político e agora pré-candidato a deputado estadual.

Segundo apuração do jornalista Alan Kardec, a prefeitura acumula uma dívida de R$ 65 milhões com fornecedores e um rombo de R$ 24 milhões apenas nos três primeiros meses do ano — quando a arrecadação foi de R$ 206 milhões frente a R$ 230 milhões empenhados — a nova gestão foi obrigada a acionar o freio de emergência. E as medidas adotadas por Coutinho já começaram a ganhar contornos de um duro contraste com o discurso de prosperidade que embalou os últimos anos de mandato de Vitor Hugo.

Nesta semana, o atual prefeito enviou um comunicado aos secretários municipais para anunciar a adoção de um pacote de austeridade. As ordens proíbem a celebração de novos aditivos contratuais, além de solicitar a reavaliação de valores de contratos em vigência, com a obrigatoriedade de redução. A mensagem ainda informa que os contratos que não colaborarem, serão rescindidos. A prefeitura prepara ainda um decreto de contingenciamento, que deverá oficializar as medidas emergenciais e estabelecer diretrizes mais rígidas para controle de despesas administrativas, contratos temporários e gastos considerados não essenciais. Veja a mensagem;

Nos bastidores, aliados avaliam que as ações de André Coutinho, embora necessárias para estabilizar as contas públicas, expõem diretamente a gestão anterior e aumentam o desgaste político de Vitor Hugo, que se movimenta como pré-candidato a deputado estadual. A narrativa de modernização e progresso construída pelo ex-prefeito começa a ruir diante dos números oficiais e das decisões drásticas impostas à nova administração.

Coutinho, por sua vez, tenta equilibrar a responsabilidade fiscal com a sobrevivência política, adotando um discurso de transparência e correção de rumos. No entanto, o distanciamento em relação ao ex-prefeito é evidente, e pode indicar uma tentativa de preservar sua própria imagem diante do colapso financeiro herdado.

A crise fiscal em Cabedelo, portanto, deixa de ser apenas um problema administrativo e passa a ser um divisor de águas para o futuro político do grupo que comanda a cidade há anos. Resta saber até que ponto Vitor Hugo resistirá ao desgaste provocado por uma “Dubai” que, na prática, tem se mostrado muito mais parecida com uma gestão à beira do abismo.

 

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Politica da Paraiba

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