Clínica da Família em Marechal Hermes fecha as portas por causa de tráfico de drogas ao lado da unidade de saúde


Funcionários da Clínica da Família Maestro Celestino estavam enfrentando barricadas e constrangimento com criminosos para trabalhar. Um levantamento mostra que nove clínicas da família e centros municipais suspenderam o atendimento por causa da violência por dia no primeiro trimestre do ano. Clínica da Família em Marechal Hermes fecha as portas por causa de tráfico de drogas ao lado da unidade de saúde
A Clínica da Família Maestro Celestino, que fica em Marechal Hermes, na Zona Norte do Rio, fechou por tempo indeterminado por conta da falta de segurança na região. A prefeitura disse que há um ponto de venda de drogas ao lado da unidade e que homens armados ficam no local.
A unidade de saúde fica na comunidade da Palmeirinha. Moradores contam que traficantes armados invadiam constantemente o local e ameaçavam funcionários, exigindo remédios e procedimentos.
Há mais de um mês, os pacientes estão sendo encaminhados para outros locais. Na avaliação do secretário de Saúde Daniel Soranz, o fechamento é grave.
“A comunidade da Palmeirinha foi toda cercada pelo tráfico, tem barricadas pra poder chegar à unidade de saúde, um ponto de venda de drogas colado à unidade e constantemente invasão por homens armados constrangendo nossos funcionários e os pacientes da unidade. Há uma intenção não declarada dos traficantes de ocuparem o prédio”, afirma Soranz.
Um levantamento da secretaria de Saúde mostra que nove clínicas da família e centros municipais suspenderam o atendimento por causa da violência por dia no primeiro trimestre do ano. Foram 853 vezes que as unidades fecharam as portas em 90 dias.
Na Vila Kennedy, uma unidade precisou reduzir o horário de funcionamento
Reprodução/TV Globo
Na Vila Kennedy, uma unidade precisou reduzir o horário de funcionamento, fechando uma hora mais cedo, antes de anoitecer.
“Os números mostram que a gente vem perdendo espaços no nosso território pro tráfico. Os profissionais de saúde são protegidos em situações de guerra, mesmo em países em que se tem uma situação de guerra, de conflito armado, essas unidades são protegidas. Infelizmente isso aqui no Rio de Janeiro isso não tá acontecendo”, conclui o secretário.
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