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Multinacional americana de alimentos dona de marcas como Heinz, Philadelphia, Luchables e Quero, a Kraft Heinz está dando um novo “sabor” aos seus investimentos no mercado dos Estados Unidos.
A companhia vai destinar um total de US$ 3 bilhões para modernizar as suas fábricas instaladas no mercado americano, configurando o seu maior investimento em produção em uma década, segundo a agência Reuters.
O novo marco está sendo anunciado mesmo em um cenário em que o a confiança do consumidor americano está no menor nível em 70 anos. E dialoga com a onda de tarifas impostas nesse segundo mandato do presidente Donald Trump.
De acordo com Pedro Navio, presidente da Kraft Heinz para a América do Norte, as atualizações nas fábricas irão ajudar o grupo a reduzir custos e a tornar as unidades mais eficientes, o que irá ajudar a compensar o impacto das tarifas de Trump.
Há duas semanas, esse tema já havia merecido destaque na apresentação do balanço do primeiro trimestre de 2025 da Kraft Heinz, quando o CEO, Carlos Abrams-Rivera, ressaltou os resultados em linha com as expectativas do grupo, apesar das pressões crescentes do mercado.
“Estamos monitorando de perto os potenciais impactos de pressões macroeconômicas, como as tarifas e a inflação, e estamos dedicados a aumentar os investimentos para impulsionar nossos produtos e marcas, a fim de entregar mais valor aos nossos consumidores”, afirmou, em nota, na época, o CEO.
Ao mesmo tempo, Abrams-Rivera ressaltou que, como o ambiente operacional permanecia volátil, a empresa estava reduzindo suas projeções para 2025. Entre outros indicadores, a companhia passou a estimar uma queda de 1,5% a 3,5% em suas receitas orgânicas.
Pedro Navio destacou que praticamente todo o portfólio que a Kraft Heinz vende nos Estados Unidos é produzido nas 30 fábricas da companhia no país. E que a projeção é criar cerca de 3,5 mil novas vagas com o novo aporte.
Ele também observou que o investimento de US$ 3 bilhões não tem a questão tarifária como único motivador. Segundo o executivo, a modernização das instalações também permite que a empresa desenvolva e crie produtos mais rapidamente.
“Isso vai além da mera eficiência ou de lidar com os atuais desafios tarifários”, afirmou Navio. Ele acrescentou que a empresa também está fazendo esse movimento para defender sua participação de mercado.
No primeiro trimestre de 2025, a Kraft Heinz reportou um lucro de US$ 712 milhões, queda de 11,1% sobre igual período, um ano antes. Já a receita recuou 6,42%, para US$ 5,9 bilhões. Na América do Norte, a receita também teve retração, de 7%, para US$ 4,44 bilhões.
Após fecharem o pregão da terça-feira, 13 de maio, em queda de 1,99%, as ações da Kraft Heinz registravam ligeira alta de 0,06% no pre-market desta quarta-feira. No ano, os papéis têm uma desvalorização de 10,1%. O grupo está avaliado em US$ 32,65 bilhões.
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Neofeed