Técnico espera alcançar o 3º acesso

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Márcio Fernandes chega ao Belo cheio de otimismo e sabe da responsabilidade que terá diante da má posição na tabela | Foto: Leonardo Ariel

Márcio Fernandes foi apresentado, ontem, no CT da Maravilha Contorno, como o novo treinador do Botafogo-PB. O profissional de 63 anos estava na Inter de Limeira-SP e chega para substituir Antônio Carlos Zago. O próximo técnico do Belo tem a missão de recolocar a equipe entre os oito primeiros da tabela de classificação da Série C do Campeonato Brasileiro.

“Com a confiança que temos no plantel, a gente espera fazer o que foi feito em outros clubes em que eu trabalhei. Nós conseguimos o acesso e por duas vezes ser campeão da competição. Então, a gente espera que no Botafogo possamos ter a mesma felicidade que tivemos quando fomos campeões em outras agremiações”, destacou o novo comandante alvinegro.

“Olha, se tivesse tudo bem, eu não seria contratado. As coisas, às vezes, não acontecem com um treinador, tem a mudança e a esperança de que um outro possa regularizar tudo o que foi pensado antes. Tenho muito sucesso em resgatar jogadores que estão em baixa, com pouca autoestima. A mudança, é lógico, faz parte de uma estratégia dentro do clube, mas eu fui contratado com essa confiança”, disse Márcio quando foi questionado sobre o momento do Belo na temporada.

Natural de Santos (SP), Márcio conta em seu currículo com dois acessos para Série B com o Vila Nova-GO (2015 e 2020),  e estaduais por clubes como Remo-PA e Londrina-PR. O treinador também teve passagens por grandes equipes do futebol brasileiro tais como Santos–SP, onde contribuiu para o desenvolvimento de jovens promessas nas categorias de base, Fortaleza-CE e Red Bull Bragantino-SP. Ele fará sua estreia domingo (18), às 16h30, quando o Botafogo enfrenta o Maringá-PR, fora de casa, em duelo da sexta rodada da Terceira Divisão.

“Sou um cara que procura, no dia a dia, ver realmente todos os atletas do elenco. Quero dar a possibilidade e a condição de que todos possam mostrar o seu valor. Até porque esses jogadores passaram em outras equipes e deixaram muito boas lembranças, já conquistaram tudo dentro do futebol”, comentou Márcio.

Ele chega com o objetivo de fazer o atual elenco jogar um bom futebol, ou que, pelo menos, alcance os resultados necessários para ir ao quadrangular do acesso. Após cinco rodadas da Série C, a equipe acumula apenas cinco pontos, tendo uma vitória, dois empates e duas derrotas. O Alvinegro não vence desde 12 de abril, quando ganhou por 3 a 0 do Confiança-SE, pela primeira rodada do torneio. Se contabilizar o resultado da Copa do Brasil, 1 a 0 para o Flamengo-RJ, são cinco partidas sem vencer.

“Então, eu sou um treinador aberto ao diálogo. É claro que a última decisão tem que ser minha e vai ser, mas eu procuro escutar todo mundo, procuro tirar o melhor de cada um, porque todos que estão aqui também tiveram algum passado e foram vitoriosos”, ressaltou o técnico quando abordado em relação à maneira que vai trabalhar para melhorar a situação do clube.

Márcio Fernandes chega ao Botafogo quando a equipe vive outro momento em sua gestão. Agora, como Sociedade Anônima do Futebol (SAF), o profissional comentou sobre a importância do modelo administrativo no cenário do futebol atual.

“Eu acho que isso é muito benéfico para o futebol, SAF é organização. Já passei por equipes que realmente precisavam de presidentes que colocassem dinheiro para que a coisa pudesse chegar onde eles queriam. Tendo uma SAF por trás, te dá um respaldo muito maior para que as coisas fluam normalmente”, disse.

Demissão de Zago

Antônio Carlos Zago esteve à frente do Botafogo por apenas 35 dias. Anunciado em 7 de abril, o treinador foi demitido do clube pessoense na última segunda-feira (12) depois da derrota para o Floresta-CE por 3 a 2, dentro do Almeidão, no último domingo (11) pela quinta rodada da Série C.

No período em que comandou o Belo, Zago alcançou apenas uma vitória, justamente na sua estreia, contra o Confiança, na primeira rodada da Série C. Desde então, foram cinco partidas sem vencer. Além dos resultados, o mau futebol praticado pela equipe impactou na decisão da diretoria por descontinuar o trabalho.

*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 14 de maio de 2025.

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A União

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