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Os últimos 15 meses da Helbor estiveram concentrados na redução do ritmo de lançamentos de empreendimentos – foram apenas R$ 500 milhões dos R$ 2 bilhões que teria capacidade -, na venda de estoque pronto e em construção e na redução da alavancagem.
O resultado começa a aparecer no balanço do primeiro trimestre deste ano. As vendas brutas da incorporadora totalizaram R$ 618,6 milhões, alta de 39,5% em relação ao mesmo período de 2024 e de 7,7% sobre o quarto trimestre do ano passado.
A Velocidade de Vendas (VSO) Total da companhia alcançou 21,5% no trimestre, avanço de 7,5 pontos percentuais sobre o 1T24 – índice superior à média nacional, que varia entre 14% e 18% nas principais capitais, segundo dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).
“Foi um ano de muito trabalho”, diz Leonardo Piloto, CFO da Helbor, em entrevista ao NeoFeed. “Definimos o que queríamos, o que não queríamos, e a companhia está mais preparada, mais focada, e com mais disciplina sabendo onde quer chegar.”
Na estratégia da incorporadora, ficou decidido um estreitamento de seu campo de atuação. A empresa, que já operou em 32 cidades brasileiras com diversos formatos de produto, agora concentra-se em São Paulo, Grande São Paulo e, pontualmente, Curitiba – sempre com imóveis residenciais de médio-alto padrão para cima.
Como parte dessa redefinição, a Helbor vendeu seis terrenos nos últimos 15 meses, em locais como Campinas, Carrão, Anália Franco, Cuiabá e Campo Grande. “Terrenos muito bons, mas fora da nossa estratégia”, diz Piloto.
Agora, o landbank é de R$ 12,1 bilhões em valor geral de vendas (VGV) bruto, dos quais 71% já são de participação Helbor.
Se no ano passado a Helbor conseguiu vender mais de R$ 2 bilhões e entregar 13 empreendimentos, para 2025, a estratégia permanece similar. Com uma diferença: a empresa pretende aumentar o volume de lançamentos, ainda que gradualmente.
No primeiro trimestre, a companhia lançou três empreendimentos, com VGV líquido de R$ 491,3 milhões, sendo 30% da participação da Helbor. O VSO médio desses lançamentos foi de 48%.
“Como vendemos bastante coisa no passado, começamos a ter um estoque cada vez menor”, diz o CFO. O estoque da Helbor já caiu de mais de R$ 2 bilhões para cerca de R$ 1 bilhão – nível que a companhia considera saudável.
O mercado tem se mostrado confiante na estratégia da Helbor. O papel HBOR3 acumula valorização de 92% neste ano, tornando-se a empresa listada do setor imobiliário com maior valorização no período. Em 12 meses, a alta, no entanto, é de 0,76%. O valor de mercado da companhia é de R$ 354,7 milhões.
“Conforme conversamos mais, principalmente com acionistas, deixando claro o que queremos e o que não queremos, as pessoas começam a entender mais profundamente nossa estratégia”, diz o CFO.
A dívida líquida da incorporadora, que representava mais de 70% do patrimônio da empresa no início de 2024, foi reduzida para 55,7% ao final do ano.
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Neofeed