
Foi utilizado um equipamento de pequeno porte de um visitante da ilha. Instituto fez uma autorização especial para duas expedições, uma científica e outra particular não comercial. Submersível usado e missão científica em Fernando de Noronha
ICMBio Noronha/Divulgação
O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) realizou uma rara expedição com um submersível no Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha. Segundo a instituição, o objetivo foi investigar a presença do peixe-leão (Pterois volitans), uma espécie invasora e venenosa que oferece riscos ao meio ambiente.
Os representantes do instituto também observaram as interações do submersível com a biodiversidade marinha. A expedição aconteceu no domingo (11), a bordo do C-Researcher, com capacidade para três pessoas e alcance de até 300 metros de profundidade.
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A expedição percorreu a região da Ponta da Sapata. Por falta de condições adequadas de mar, o submersível esteve numa profundidade menor, de cerca de 30 metros.
O equipamento pertence a um visitante que esteve em Noronha e possibilitou a viagem. Além do piloto, embarcaram a chefe do Núcleo de Gestão Integrada do ICMBio, Lilian Hangae; e o coordenador da Área Temática de Ordenamento Territorial do instituto, Mário Douglas Fortini.
“Observamos e registramos diversos peixes-leão. Além disso, entendemos que foi válida a experiência, principalmente para entender como o equipamento funciona e como outras oportunidades de uso podem ser úteis para nosso trabalho”, afirmou Douglas Fortini.
A visão panorâmica, os baixos níveis de ruído e a estabilidade do submersível permitiram uma avaliação detalhada da fauna do local.
Peixes-leão observados durante expedição em Fernando de Noronha
ICMBio Noronha/Divulgação
O ICMBio concedeu uma autorização especial para uso do submersível em Fernando de Noronha para duas expedições: uma científica e outra particular não comercial.
“Autorizamos a atividade não comercial. Na experiência, pudemos comprovar que a atividade tem baixo impacto, uma vez que a energia é elétrica, com pouco ruído, o que não atrapalhou a dinâmica dos animais”, contou Lilian Hangae.
A chefe do ICMBio de Fernando de Noronha deu outros detalhes sobre a expedição. “A imersão durou cerca de 40 minutos e permitiu o reconhecimento da área, com observação da fauna, dos corais e do fundo arenoso”, disse.
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Equipamento
Equipamento possibilitou observação das espécies
ICMBio Noronha/Divulgação
Com 55 metros de comprimento, o Shinkai é um iate privado que conta com o submersível, que é de uso recreativo e tem bandeira das Ilhas Marshall.
O nome japonês Shinkai significa “mar novo” ou “oceano renovado”. A embarcação conta com guindaste, hangar para submersível e equipamentos de mergulho, além de alta autonomia de navegação.
Antes de chegar a Fernando de Noronha, a embarcação passou pelo litoral do Rio de Janeiro. O iate deixou a ilha nesta segunda-feira (12).
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Aparições de peixe-leão em Noronha preocupam especialistas
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