Total de cortes pode chegar a 20 mil demissões, o equivalente a 15% da força de trabalho da montadora japonesa.
A Nissan Motor planeja demitir mais de 10 mil trabalhadores em todo o mundo, segundo informações divulgadas pela emissora pública japonesa NHK nesta segunda-feira (12). Com isso, o total de desligamentos pode chegar a cerca de 20 mil funcionários — aproximadamente 15% do total de empregados da companhia.
Prejuízo bilionário impulsiona cortes
A decisão ocorre em um momento de forte retração financeira da montadora. A Nissan alertou, no mês passado, que deve registrar um prejuízo líquido recorde de 700 bilhões a 750 bilhões de ienes — o equivalente a US$ 4,74 bilhões a US$ 5,08 bilhões — no balanço referente ao ano fiscal encerrado em março de 2025. O resultado oficial será divulgado nesta terça-feira (13).
Redução global e fechamento de fábricas
A montadora japonesa, que contava com mais de 133 mil colaboradores até março do ano passado, já havia anunciado, em novembro de 2024, o plano de eliminar 9 mil postos de trabalho e reduzir sua capacidade produtiva global em 20%.
Além das demissões, a empresa comunicou que encerrará a operação de uma fábrica na Tailândia até junho e planeja o fechamento de outras duas unidades fabris ainda não identificadas.
Mudança no comando e recuo em investimentos
O processo de reestruturação é liderado pelo novo presidente-executivo da Nissan, Ivan Espinosa, que assumiu o cargo no lugar de Makoto Uchida no mês passado. Espinosa declarou recentemente que a empresa avalia a adoção de medidas adicionais para conter os prejuízos.
Como parte das ações para frear os gastos, a Nissan também desistiu, na última sexta-feira (9), do projeto de construção de uma fábrica de baterias para veículos elétricos na ilha de Kyushu, no Japão. O investimento de US$ 1,1 bilhão teria subsídios do governo japonês.
foto ilustrativa FreePik
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