Lula cria fundo de R$ 49 bilhões com recursos da Vale para sustentar movimentos sociais

A Vale já firmou acordo para pagar R$ 170 bilhões de indenização aos atingidos pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), ocorrido em 2015. No entanto, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) busca agora garantir mais R$ 49 bilhões da mineradora, sob o pretexto do que chama de “justiça social”.

De acordo com a Casa Civil, a gestão desses recursos ficará a cargo do BNDES, que atuará como responsável pelo fundo, criado oficialmente por um decreto assinado por Lula em março deste ano. A proposta prevê que o fundo tenha duração de 22 anos.

O estatuto do fundo, aprovado na última semana, chama atenção por trazer uma lista ampla de entidades que poderão ser financiadas com os recursos, incluindo “movimentos sociais” tradicionalmente ligados à esquerda política.

Segundo informações da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder, o governo já sinalizou que os R$ 49 bilhões são apenas uma “estimativa inicial”, o que pode indicar a intenção de ampliar ainda mais o valor no futuro.

Gestão dos Recursos e Críticas à Finalidade Política

A decisão de incluir movimentos sociais aparelhados pela esquerda entre os beneficiários levantou críticas de setores da oposição e da sociedade civil. Críticos afirmam que a proposta serve para sustentar entidades alinhadas ideologicamente ao governo, desviando o foco da real compensação às vítimas da tragédia de Mariana.

Apesar de a tragédia ter ocorrido há 10 anos, a criação deste fundo só foi formalizada recentemente, levantando questionamentos sobre os reais interesses por trás da medida.

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