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A Confederação Israelita do Brasil (Conib) reagiu com dureza às declarações do presidente Lula (PT) durante entrevista à imprensa em Moscou, acusando o chefe do Executivo de promover antissemitismo ao comentar a atuação de Israel na Faixa de Gaza. Segundo a entidade, Lula repete “uma das formas mais antigas e deploráveis de antissemitismo” ao afirmar que Israel mata deliberadamente mulheres e crianças.
Durante a fala, Lula disse: “Na Faixa de Gaza é um genocídio, de um exército muito bem preparado contra mulheres e crianças, a pretexto de matar terroristas. Já houve caso de explodirem um hospital e não ter um terrorista, só mulher e criança.”
A Conib classificou a declaração como um “libelo antissemita”, ressaltando que acusações contra judeus de matar crianças têm sido historicamente usadas para incitar o ódio contra a comunidade judaica. Em nota, a entidade afirmou:
“É lamentável e perturbador que o presidente do nosso país siga promovendo este libelo antissemita pelo mundo.”
A Confederação ainda alertou para os impactos das falas de Lula sobre a segurança da comunidade judaica no Brasil:
“O presidente Lula, com suas falas antissemitas, parece querer criar problemas para a nossa comunidade ao promover o antissemitismo entre seus apoiadores, numa atitude irresponsável e destrutiva.”
No trecho mais incisivo da nota, a Conib destacou a omissão de Lula sobre os atos do grupo Hamas, apontando que ele ignora o estopim do conflito:
“O que falta nas falas do presidente Lula sobre o conflito é uma verdade: o Hamas iniciou essa guerra terrível e se esconde atrás da população civil e de reféns israelenses para promover sua visão, aí sim genocida, de exterminar Israel e judeus.”
As declarações acirram ainda mais o desgaste diplomático e interno causado pelas recorrentes falas de Lula sobre o Oriente Médio, que vêm sendo duramente criticadas por entidades judaicas, parlamentares e governos estrangeiros. O Planalto, até o momento, não se manifestou sobre a resposta da Conib.

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Fonte : Hora Brasilia