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A Eneva acertou a aquisição de um projeto de geração de energia térmica no Ceará, segundo documento enviado ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A companhia vai incorporar Jandaia Geração de Energia, que tem licença prévia para construir um complexo termelétrico de até 2.340 megawatts (MW) e um terminal de gás natural liquefeito (GNL) no Porto de Pecém.
Não foi possível apurar o valor da operação, que ainda precisa ser aprovada pela autoridade regulatória. O projeto não está operacional, estando em estágio inicial de desenvolvimento.
A Jandaia é detida pela Ceiba Energy, uma companhia fundada em 2015 e que opera ativos de geração de energia na América Latina, segundo consta em seu site. A Ceiba possui 1,9 gigawatts (GW) pela região, com 1,6 GW em desenvolvimento, e é apoiada pela Denham Capital, uma empresa de private equity especializada em infraestrutura e metais críticos, com mais de US$ 12 bilhões de capital investido e comprometido.
Já a Eneva possui um parque de geração com 6,8 GW de capacidade contratada, incluindo termelétricas nos estados do Maranhão, Ceará, Sergipe, Roraima, Espírito Santo e o Complexo Solar Futura, na Bahia.
No documento enviado às autoridades regulatórias, a Eneva diz que a operação representa “uma oportunidade de geração de valor, através da incorporação ao seu portfólio de um projeto aderente à sua estratégia de negócio, trazendo opções futuras para a companhia”.
Procurada pelo NeoFeed, a Eneva informou que não iria comentar por estar em período de silêncio. A Ceiba Energy também informou que não iria se pronunciar sobre o tema.
O empreendimento está previsto a ser incorporado pela Eneva prevê sua implantação na Zona de Processamento de Exportação do Ceará (ZPE Ceará), distritos industriais com benefícios tributários e outras facilidades, no município de Caucaia, a 50 quilômetros da capital Fortaleza. Ele será interligado ao Sistema Interligado Nacional (SIN) através de uma linha de transmissão de 6 quilômetros.
Em seu site, a Jandaia Energia informa que o empreendimento é um investimento da Ceiba Energy, no valor aproximado de R$ 7,6 bilhões. Não está claro se a Eneva vai manter o projeto do jeito que foi previsto ou se pretende fazer alguma alteração.
Em outubro, a Eneva captou R$ 3,2 bilhões através de um follow on que contou com o apoio do BTG Pactual, atualmente o principal acionista da companhia, com uma participação de 25,3%. A empresa também adquiriu um portfólio termelétrico de 859 MW do banco.
No quarto trimestre, a Eneva reduziu sua alavancagem financeira em 1,1 vez entre o terceiro e o quarto trimestre e em 1,57 vez ante o mesmo período de 2023, para 2,4 vezes, pós-follow on e a incorporação dos ativos, menor patamar desde o segundo trimestre de 2022.
Por volta das 16h35, as ações da Eneva subiam 2,75%, a R$ 14,18. No ano, os papéis acumulam alta de 48,5%, levando o valor de mercado a R$ 27,4 bilhões.
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Neofeed