08/5 – Dia Mundial do Câncer de Ovário 2025

 

O Dia Mundial do Câncer de Ovário, comemorado anualmente em 8 de maio, foi criado em 2013 por um grupo de líderes de organizações ligadas ao tema, com o objetivo de conscientizar a todos sobre a doença.

Com o apoio de mais de 200 instituições do mundo todo, o alcance da campanha cresce exponencialmente a cada ano.

O câncer de ovário é uma preocupação global e muito mais precisa ser feito para combatê-lo em todas as frentes. As projeções demonstram que até 2050 o número de casos diagnosticados mundialmente aumentará mais de 55%, e as mortes por esta causa podem ter um aumento de quase 70% em relação a 2022.

A maioria das vidas perdidas virá de países de baixa e média renda, onde vivem 70% das mulheres diagnosticadas.

Em relação à sobrevivência ao câncer de ovário em cinco anos, as taxas variam entre os países. Nos mais desenvolvidos estão entre 36% e 46%. No entanto, em alguns, o número é bem menor. Em geral, esses índices ficam bem abaixo dos de outros tipos de câncer, como o de mama, em que as taxas de sobrevivência em cinco anos se aproximam de 90%, em muitos países.

 

De todos os tumores ginecológicos, o câncer de ovário é o mais letal por tratar-se de um tipo silencioso. É, ainda, a terceira neoplasia ginecológica mais comum, ficando atrás do câncer do colo do útero e do endométrio. Conforme o Instituto Nacional do Câncer (Inca), em 2023 foram estimados 7.310 novos casos de desse câncer no Brasil.

 

Sinais e sintomas:

Na fase inicial, o câncer de ovário pode ser assintomático. Conforme progride, pode causar:

– Pressão, dor ou inchaço no abdômen e pelve;
– Dores nas costas ou pernas;
– Problemas digestivos (náusea, indigestão, gases, prisão de ventre ou diarreia);
– Perda de apetite;
– Necessidade frequente de urinar;
– Fadiga persistente;
– Presença de uma massa palpável no abdome.

 

Fatores que aumentam o risco:

– Idade: A incidência de carcinoma epitelial de ovário aumenta com o avanço da idade.

– Fatores reprodutivos e hormonais: O risco de câncer de ovário é aumentado em mulheres com infertilidade e reduzido naquelas que tomam contraceptivos orais (pílula anticoncepcional) ou que tiveram vários filhos. Por outro lado, mulheres que nunca tiveram filhos parecem ter risco aumentado.

– A menarca (primeira menstruação) precoce (antes dos 12 anos) e a idade tardia na menopausa (após os 52 anos) podem estar associadas a risco aumentado de câncer de ovário.

– A infertilidade é fator de risco para o câncer de ovário, mas a indução da ovulação para o tratamento da infertilidade não parece aumentar o risco de desenvolver a doença.

– O risco de câncer de ovário com terapia hormonal pós-menopausa aparenta ser pequeno.

– História familiar: Histórico familiar de cânceres de ovário, colorretal e de mama está associado a risco aumentado de câncer de ovário.

– Fatores genéticos: Mutações em genes, como BRCA1 e BRCA2, estão relacionadas a risco elevado de câncer de mama e de ovário.

– Excesso de gordura corporal;

– Mulheres que trabalham expostas a asbestos (amianto) ou a raios X e gama apresentam risco aumentado de câncer de ovário.

 

Detecção precoce:

A detecção precoce pode ser feita por meio da investigação com exames clínicos, laboratoriais ou radiológicos, de pessoas com sinais e sintomas sugestivos da doença, ou com a realização de exames periódicos em pessoas sem sinais ou sintomas (rastreamento), mas pertencentes a grupos com maior chance de desenvolver a condição.

Não há evidência científica de que o rastreamento do câncer de ovário traga mais benefícios do que riscos e, portanto, até o momento, ele não é recomendado.

 

Tratamento:

O tratamento depende de fatores como tipo de tumor, estágio da doença e condição da paciente. As opções incluem:

– Cirurgia (sempre que possível, busca-se a remoção total do tumor);
– Quimioterapia adjuvante (após a cirurgia, para reduzir riscos de recorrência);
– Quimioterapia neoadjuvante (antes da cirurgia, para reduzir o tamanho do tumor e facilitar a remoção).

 

Prevenção:

As mulheres devem estar atentas aos fatores de risco, manter o peso corporal saudável e consultar regularmente o seu médico, principalmente a partir dos 50 anos.

Obs.: O exame preventivo ginecológico (Papanicolaou) não detecta o câncer de ovário, já que é específico para detectar o câncer do colo do útero.

 

Fontes:

Instituto de Oncologia Santa Casa BH (Minas Gerais)
Instituto Nacional de Câncer (INCA)
World Ovarian Cancer Coalition

Adicionar aos favoritos o Link permanente.