

Celsinho da Vila Vintém estaria se aliando ao Comando Vermelho para retomar território da milícia, constata investigação – Foto: Reprodução/X/ND
Celso Luís Rodrigues, mais conhecido como Celsinho da Vila Vintém, foi preso no Rio de Janeiro na manhã desta quinta-feira (8). Considerado um dos maiores traficantes do estado, ele fundou a facção ADA (Amigos dos Amigos) na década de 1990.
O criminoso foi capturado na Vila Vintém, zona oeste do Rio de Janeiro, pela Operação Contenção da Polícia Civil. O objetivo da ofensiva é asfixiar financeiramente o crime organizado e conter o avanço da facção Comando Vermelho na zona oeste.
Segundo a investigação, Celsinho da Vila Vintém se aliou ao Comando Vermelho, de quem era rival no passado, na tentativa de retomar comunidades de Santa Cruz sob domínio da milícia.
Quem é Celsinho da Vila Vintém? Traficante fugiu da prisão disfarçado de policial
Celsinho da Vila Vintém, de 63 anos, passou duas décadas na prisão e deixou o Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, em outubro de 2022. Na ocasião, ele afirmou à imprensa que não tinha mais envolvimento com o crime.
“Tudo o que eu tinha eu perdi. Só tenho minha família. Vinte anos, saí como? Não sei o que vou fazer. Estou ofegante, estou com a perna ruim. Procurar algo para fazer para ficar tranquilo. Ficar tranquilo, eu vou. Não vou me envolver com nada, já não me envolvo há muitos anos”, afirmou.
A decisão permitiu que ele recorresse em liberdade da condenação a 15 anos de reclusão por envolvimento na invasão da favela da Rocinha, durante confronto entre facções em 2017.
O traficante foi apontado como um dos homens mais perigosos do Rio de Janeiro. Celsinho da Vila Vintém foi preso pela primeira vez em 1990. Dentro da prisão, foi um dos fundadores da facção ADA, rival do Comando Vermelho e do TCP (Terceiro Comando Puro).
Ele também é considerado o principal inimigo de Fernandinho Beira-Mar, líder do Comando Vermelho. Em 1998, Celsinho da Vila Vintém fugiu do cárcere vestido de policial militar, quando estava no Hospital Penitenciário Fábio Macedo Soares, e só foi recapturado em 2002.