O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) embarcou na noite desta terça-feira (06), em Brasília, para uma viagem diplomática de uma semana com paradas estratégicas em Moscou e Pequim. A comitiva presidencial inclui ministros e parlamentares e tem como foco o fortalecimento de laços comerciais, cooperação tecnológica e o papel do Brasil na busca pela paz internacional.
A primeira etapa da viagem será na Rússia, onde Lula participa, a convite de Vladimir Putin, das celebrações dos 80 anos do Dia da Vitória — marco da derrota da Alemanha Nazista na Segunda Guerra Mundial. A cerimônia acontece nesta sexta-feira (9) e deve reunir autoridades de vários países.
Além da participação simbólica, Lula e Putin terão uma reunião bilateral com previsão de assinatura de acordos na área de Ciência e Tecnologia. De acordo com o Itamaraty, o presidente brasileiro também deve abordar a guerra na Ucrânia e defender um cessar-fogo como parte do esforço diplomático brasileiro por soluções pacíficas.
“O Brasil é um país que busca paz. Tem uma relação comercial importante com a Rússia de produtos do agronegócio, e queremos equilibrar nossa balança comercial”, afirmou o embaixador Eduardo Saboia, secretário de Ásia e Pacífico do Ministério das Relações Exteriores.
Após a agenda em Moscou, Lula segue para a China, onde permanecerá entre os dias 12 e 13 de agosto. Em Pequim, ele participa do Fórum China-Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos) e terá uma reunião bilateral com o presidente Xi Jinping. Estão previstos novos acordos nas áreas de comércio, tecnologia e saúde.
Esta será a segunda visita oficial de Lula à China neste terceiro mandato. A primeira ocorreu em abril de 2023, e Xi Jinping retribuiu a visita em novembro do mesmo ano, durante a Cúpula do G20, realizada no Brasil. Ambos também se encontraram durante a Cúpula dos Brics, na África do Sul, no ano passado.