A Polícia Civil deflagrou nesta quarta-feira (7) uma operação para desarticular uma organização criminosa suspeita de aplicar golpes envolvendo a venda de veículos clonados. O grupo atuaria em pelo menos três Estados — Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Rio de Janeiro — e usaria dados de contas invadidas do gov.br para forjar os documentos de venda.
Pelo menos 15 pessoas foram presas, seis delas já cumprindo pena no sistema prisional. A operação, batizada de Cripteia, cumpre 22 mandados de prisão preventiva, 25 de busca e apreensão e três de sequestro de bens.
A investigação, iniciada em julho do ano passado, aponta que o grupo comete crimes como estelionato, falsificação de documentos, invasão de dispositivos, adulteração de veículos e lavagem de dinheiro. Ao menos quatro fraudes já foram identificadas, com prejuízos próximos de R$ 100 mil cada.
O esquema seria comandado de dentro da cadeia, com a compra de veículos roubados no RS e em SC, que depois tinham seus sinais adulterados. Esses carros eram anunciados por valores abaixo do mercado em redes sociais.
Um dos integrantes, com conhecimento em tecnologia, invadia contas do gov.br para acessar os documentos dos veículos e gerar autorizações de transferência (ATPV-e), conferindo aparência de legalidade à venda.
As ações ocorrem em nove cidades — cinco no RS, quatro em SC, além do Rio de Janeiro. Segundo a polícia, os lucros dos crimes eram lavados por meio de empresas de fachada em Santa Catarina.
As autoridades recomendam atenção redobrada na compra de veículos pela internet e orientam a sempre verificar a procedência da documentação junto aos órgãos competentes.
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