A Polícia Civil de Taquara cumpriu, nesta terça-feira (06), mandado de prisão preventiva contra os pais de um bebê de um ano e cinco meses, que morreu no dia 8 de abril. O casal foi detido após a polícia receber laudo da perícia que contrariou a versão inicial, de uma queda e apontou que o óbito ocorreu por método cruel.
O homem de 31 anos foi preso em sua residência, na localidade de Padilha, no interior de Taquara. Já a mulher, de 24 anos, foi detida no bairro Bom Pastor, em Igrejinha. Segundo o delegado Valeriano Garcia Neto, os dois respondem pelo crime de homicídio qualificado de menor.
Conforme o registro inicial da ocorrência, o bebê teria caído do berço e batido a cabeça, por volta de 10 horas do dia 8 de abril. Segundo o relato, o bebê não teria manifestado desconforto ou dores e continuou brincando, mas, no final da tarde, apresentou quadro de vômitos e convulsão.
Levada até o Hospital Bom Jesus, a criança chegou respirando à casa de saúde, mas não resistiu aos ferimentos. Para o transporte, um vizinho auxiliou a família.
Após o registro da ocorrência, a Polícia Civil deu início à investigação do caso, e recebeu, no dia 16 de abril, o laudo sobre a morte da criança. Segundo o resultado do Instituto Geral de Perícias (IGP), a morte foi causada por uma hemorragia intracraniana, provocada por instrumento contundente.
Além disso, o perito médico-legista descreve múltiplas lesões no corpo da criança, na face, tórax, costas e membros. Também foram observadas hemorragias internas no couro cabeludo.
Segundo o perito, os achados são compatíveis com método cruel, e a natureza das lesões descarta uma simples queda acidental. O documento informa, ainda, que amostras de sangue e do estômago foram coletadas para exames toxicológicos, cujos resultados serão anexados ao inquérito em laudos laboratoriais complementares. O caso segue sob investigação da Polícia Civil de Taquara.