Joana Albano, egressa do curso de Engenharia Aeroespacial da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em Joinville, compartilhou sua trajetória de sucesso profissional, desde a graduação, ao portal de notícias NSC Total nesta segunda-feira, 5 de maio. Há dois anos, a engenheira realiza um sonho pessoal ao trabalhar no Centro Aeroespacial Alemão, uma das referências mundiais no setor.
Natural de Curitiba, Joana, de 26 anos, morou grande parte da sua vida em Chapecó, no Oeste catarinense, e mais tarde se mudou para Joinville, onde ingressou na UFSC. A jovem explicou que sempre gostou de matemática e física no ensino médio. Ao planejar seu futuro, ela descobriu o curso de Engenharia Aeroespacial da UFSC e viu a oportunidade de aliar sua paixão com seu futuro trabalho. “Não é um curso muito comum, as pessoas não conhecem muito. Enfim, na época eu descobri (o curso) pela internet mesmo. Prestei o vestibular da UFSC e passei”.
Importância da UFSC na carreira
Há dois anos, a engenheira trabalha no Centro Aeroespacial Alemão (DLR), com o foco em reduzir o impacto ambiental causado pela aviação. Para ela, o período na Universidade contribuiu de várias formas para alcançar o emprego desejado. Durante os primeiros anos do curso, Joana entrou em contato com matérias comuns às engenharias, chamado ciclo básico, e depois se aprofundou nas disciplinas específicas da Engenharia Aeroespacial.
“O curso da UFSC me motivou bastante. Parece meio clichê falar isso, mas eu acho que os professores foram grandes motivadores para mim, principalmente do ciclo específico, dos dois últimos anos. […] Eu fui me apaixonando muito pelas matérias. Eu lembro que a minha favorita foi aerodinâmica”, relembra.
Os profissionais formados em Engenharia Aeroespacial trabalham no desenvolvimento e avaliação de sistemas associados a veículos aeroespaciais, como jatos, foguetes, aviões e outros. Além disso, também têm capacidade de atuação em diversos setores da engenharia, já que durante o curso os alunos desenvolvem uma forte base mecânica.
Antes de trabalhar como engenheira aeroespacial na DLR, Joana já tinha participado de um estágio internacional na mesma empresa. Na época, ela tentou a oportunidade mais de uma vez até ser selecionada. “Eu apliquei várias vezes para vir para cá e eu lembro que fiquei muito devastada, porque é muito ruim quando você aplica em uma coisa e você não passa. Mas sempre devemos continuar tentando e não desistir, porque uma hora vai aparecer uma coisa bem legal e que vai se encaixar”, conta, além de aconselhar quem passa pela mesma situação.
Durante o estágio, ela morou um ano e meio na Alemanha e, quando voltou ao Brasil, deu mais um passo importante na carreira. Em 2022, Joana foi contratada como engenheira pela Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer), empresa nacional referência no mundo todo. Ela conta que esta é uma das suas memórias mais marcantes e especiais.
“Quando eu passei na Embraer como engenheira eu não acreditei. Eu recebi a ligação do RH que eu tinha passado, que eles estavam me oferecendo a vaga, e eu demorei alguns minutos para acreditar, porque o começo do curso foi um pouco difícil. […] Foi muita realização para mim, porque quando eu me mudei para São José dos Campos [cidade paulista onde fica a sede da Embraer], eu lembro que eu ficava até emocionada de ver quantos aviões passavam por cima do meu prédio todo dia”, narra a jovem.
Joana trabalhou por 10 meses na Embraer até receber a proposta do seu emprego atual na Alemanha. Durante o desenvolvimento do seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), ainda no estágio anterior no Centro Aeroespacial Alemão, a engenheira já havia buscado uma vaga efetiva, mas não teve sucesso à época. Mais tarde, o currículo repleto de experiências foi essencial para conquistar uma nova vaga que surgiu no setor de sustentabilidade da empresa.
Paralelo ao trabalho no Centro Aeroespacial Alemão, Joana ainda faz mestrado em Engenharia Aeroespacial pela universidade alemã RWTH Aachen. Para o futuro, o objetivo é ingressar em um doutorado.
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