

Equipes da fiscalização fizeram limpeza na fábrica. – Foto: Divulgação/Prefeitura de Itapema/ND
Em continuidade à operação realizada no domingo (4), em que a Vigilância Sanitária fechou uma fábrica de pão e gelo em Itapema por condições insalubres, equipes identificaram também trabalhadores que dormiam no interior do galpão fiscalizado.
A fábrica, localizada no bairro Sertão do Trombudo, funcionava sem qualquer licença sanitária e em condições insalubres. O depósito foi limpo e todo o material apreendido está sendo descartado, impedindo que produtos em condições inadequadas continuem circulando.
Fábrica insalubre tinha irregularidades trabalhistas
Durante a inspeção, foi constatado que dois funcionários viviam no interior do galpão, dormindo em condições precárias, com camas improvisadas diretamente no chão, forte odor, utensílios impróprios e ausência total de higiene nos setores de produção.

Fábrica foi fechada pela vigilância – Foto: Reprodução/ND
Na área da panificação, a situação era ainda mais crítica, com pisos quebrados, paredes inacabadas, armazenamento irregular e presença de ratos, baratas e até animais domésticos circulando entre os equipamentos.
À Polícia Militar, o responsável pelo estabelecimento afirmou que os funcionários não são registrados e recebiam pagamentos por diárias. Ele foi detido e permanece sob custódia, devendo responder, a princípio, por crime contra a saúde pública.
No entanto, um relatório técnico completo está sendo elaborado e será encaminhado aos órgãos competentes, incluindo o Ministério Público do Trabalho, para que sejam apuradas também possíveis irregularidades trabalhistas.
Produtos eram vendidos no comércio local

Itens eram vendidos em comércios locais. – Foto: Divulgação/Prefeitura de Itapema/ND
Segundo a equipe de fiscalização da Vigilância Sanitária, a fábrica insalubre de pães e gelo abastecia mercados e comércios da região sem qualquer controle de qualidade ou condições mínimas de higiene.
As investigações buscam agora rastrear os produtos já distribuídos e avaliar a responsabilidade dos estabelecimentos que os receberam. Até a manhã desta segunda-feira (5), os mercados e pontos de venda são tratados como vítimas, mas a situação será devidamente apurada pelas autoridades competentes.