Selic a ser definida pelo Banco Central nesta semana pode ser a mais alta em 19 anos

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Copom se reúne nesta terça-feira, 6, para definir taxa de juros; expectativa do mercado é de aumento de 0,5 ponto porcentual

O Comitê de Política Monetária (Copom), formado por diretores do Banco Central, se reúne nesta terça-feira, 6, para definir a nova taxa básica de juros, a Selic. O mercado financeiro espera um aumento de 0,5 ponto porcentual, o que elevaria a taxa para 14,75% ao ano. Se confirmado, esse será o sexto aumento consecutivo, atingindo o maior nível desde julho de 2006.

Na última reunião, o Copom elevou a Selic de 13,25% para 14,25% e sinalizou um aumento de menor magnitude no futuro. Os aumentos sucessivos dos juros vêm ocorrendo desde o fim do ano passado, em razão da disparada da inflação.

O aumento de preços se deu, principalmente, em razão da falta de política fiscal consistente e excesso de gastos do governo Lula. A expectativa é que novos comunicados do Copom esclareçam se o ciclo de alta vai continuar ou se chegou ao fim.

Atualmente a inflação oficial (IPCA) de 12 meses está em 5,48%. A prévia do mês de abril (IPCA-15) foi de 5,49%, acima do teto da meta, de 4,5%, e distante da meta de 3% ao ano.

Nesta segunda-feira, o Boletim Focus, elaborado a partir da expectativa de analistas de mercado, indicou, pela primeira vez em 16 semanas, a redução da projeção da Selic para 2025, de 15% para 14,75%.

Projeções

Ao portal R7, Gustavo Sung, economista-chefe da Suno Research, sugere que a Selic pode subir até 0,75 ponto porcentual, com possibilidade de aumento menor de 0,5 ponto. Economistas do C6 Bank estimam um aumento de 0,5 ponto porcentual na reunião de maio.

O relatório do Itaú mantém a previsão de encerramento do ciclo de política monetária em 15,25% ao ano na reunião de junho, permanecendo assim até o final do ano. “Esperamos duas altas de 0,5 ponto porcentual nas próximas duas reuniões, mas com menor convicção sobre a segunda – cuja implementação depende da evolução do cenário internacional e seu impacto sobre a taxa de câmbio e os preços de commodities”, conclui o relatório.

A taxa Selic

A Selic é o principal instrumento do Banco Central para controlar a inflação. Juros altos encarecem o crédito, desestimulando produção e consumo, mas dificultam o crescimento econômico. A Selic é usada nos empréstimos entre bancos e nas aplicações em títulos públicos federais.

O ciclo de alta da Selic começou em setembro do ano passado. Em novembro, a taxa subiu para 11,25%, e em dezembro, para 12,25% ao ano. Em janeiro, chegou a 13,25%, e em março, atingiu 14,25%.

Crédito Revista Oeste

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Fonte:
Paulo Figueiredo

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