Tapajazz celebra 10 anos com praça lotada e noites marcantes em Alter do Chão


Festival atraiu centenas de pessoas à Praça Sete de Setembro em três noites de apresentações. Público prestigiando o evento em Alter do Chão
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O Tapajazz Festival completou 10 anos em grande estilo com três noites de música instrumental que encantaram o público em Alter do Chão, distrito de Santarém, no oeste do Pará. Realizado nos dias 1º, 2 e 3 de maio, o evento reuniu artistas consagrados e talentos regionais, levando milhares de pessoas à Praça Sete de Setembro, às margens do Rio Tapajós.
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Todos os shows foram gratuitos e transmitidos ao vivo pelo canal oficial do festival. A estrutura contou com palco, sonorização e iluminação cênica pensadas para valorizar a experiência do público e dos músicos.
A primeira noite teve apresentação do violonista Edmárcio Paixão, seguido pelo espetáculo “Alma Amazônica”, com Nato Aguiar e Gonzaga Blantez, trazendo influências indígenas, afro-amazônicas e ribeirinhas.
No segundo dia, o Edvaldo Cavalcante Quarteto levou ao palco um jazz refinado com sotaque paraense. Em seguida, Hamilton de Holanda, considerado um dos maiores bandolinistas do mundo, emocionou o público ao lado dos músicos Salomão Soares e Big Rabelo. “Tocar em Alter do Chão, nesse paraíso, foi um privilégio. A energia do público e a beleza do lugar tornam tudo ainda mais especial”, disse Hamilton.
O encerramento no dia 3 de maio contou com a pianista Carla Ruaro, que apresentou composições inspiradas na natureza amazônica. O Quarteto Tapajós, com Igor Capela, Andreson Dourado, Márcio Jardim e Dhionny Gama, homenageou o mestre Sebastião Tapajós, patrono do festival. “Foi emocionante reviver essa formação. Tocamos com o coração”, afirmou Igor Capela.
Evento contou com várias atrações
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A última atração da noite foi Délia Fischer, que apresentou um show vibrante ao lado de Matias Corrêa e João de Sabatto, misturando jazz, MPB e música clássica. “Foi uma noite mágica. Tocar nessa vila e sentir essa conexão com a natureza é algo que me inspira profundamente”, declarou a artista.
Moradores e visitantes destacaram a importância do Tapajazz para a região. A professora Erli Marta, que veio de Santarém, afirmou: “Há anos não assistia a um show de música instrumental desse nível. Foi encantador.” Já Patrícia Caliu, moradora de Alter do Chão, disse que o festival é um verdadeiro presente para a vila.
As três noites do festival foram apresentadas pela jornalista Adelaide Oliveira, que conduziu o evento com leveza e valorizou a trajetória dos artistas.
Criado em 2014, o Tapajazz é uma realização da Fábrica de Produções, com idealização do produtor Guilherme Taré. O evento é reconhecido como Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial do Estado do Pará. Segundo Taré, realizar o festival na Amazônia exige logística apurada e uma equipe técnica comprometida. “É um sonho que se mantém vivo há 10 anos, com a proposta de acontecer exclusivamente em Alter do Chão, e que há cinco anos também conta com uma edição em Belém”, afirmou.
A edição de 2025 do Tapajazz foi patrocinada pelo Governo do Estado do Pará, por meio da Lei Semear, e pela Equatorial Energia. A Prefeitura de Santarém, por meio das secretarias de Cultura e Turismo, apoiou culturalmente o evento.
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