GAECO/MPRS combate fraudes nas redes sociais durante tragédia no Rio Grande do Sul

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) tomou medidas legais drásticas contra o uso de perfis falsos em redes sociais que solicitam doações fraudulentas para desabrigados pelas recentes enchentes no estado. A ação cautelar, liderada pela promotora de Justiça Maristela Schneider, foi ajuizada neste domingo, 5 de maio, exigindo que duas grandes empresas de mídia social bloqueiem ou removam esses perfis falsos imediatamente.

Detalhes da Ação Cautelar

A ação requer que as plataformas de mídia social impeçam a operação ou excluam perfis que têm se aproveitado da situação de vulnerabilidade dos desabrigados, enganando pessoas para que façam doações para contas privadas por meio de códigos PIX fraudulentos. Estes perfis imitam a identidade visual dos canais oficiais do governo gaúcho, confundindo os doadores e desviando recursos destinados à ajuda humanitária.

Penalidades Propostas

O GAECO/MPRS propôs a aplicação de uma multa diária no valor de R$ 100 mil para cada dia de descumprimento após a notificação das empresas de mídia social. A medida busca impor um custo significativo ao não cumprimento da ordem judicial, incentivando a rápida ação por parte dessas plataformas.

Impacto da Fraude em Momentos de Crise

A promotora Maristela Schneider destacou a gravidade da situação, apontando que o estado enfrenta a maior tragédia climática de sua história, com um alto número de mortos, desaparecidos e milhares de desabrigados. A ação fraudulenta dos perfis fakes não só agrava o sofrimento dos afetados como também desvia recursos essenciais para a recuperação e apoio às vítimas.

Chamado à Vigilância

Este caso ressalta a importância da vigilância por parte dos usuários das redes sociais, especialmente em tempos de crise, onde indivíduos mal-intencionados podem se aproveitar da generosidade e solidariedade das pessoas. É crucial verificar a autenticidade de qualquer perfil ou campanha de arrecadação de fundos antes de fazer doações.

Cooperação e Resposta das Plataformas

O GAECO/MPRS espera uma cooperação total das plataformas de mídia social para combater essa forma de crime cibernético e garantir que a ajuda chegue a quem realmente precisa. A rápida resposta das empresas será fundamental para mitigar os efeitos dessas fraudes e restaurar a confiança no uso de redes sociais como meio de suporte humanitário.

A ação cautelar é um passo crucial para proteger os direitos e a segurança dos cidadãos gaúchos neste momento de extrema necessidade, reafirmando o compromisso do Ministério Público em defender a justiça e a ordem pública.

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