Liberdade de imprensa: 50% dos países estão em situação ‘difícil’; veja ranking

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Estudo da organização Repórteres Sem Fronteiras mostra que Brasil melhorou em comparação com outras nações

ranking de liberdade de imprensa da organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF), divulgado nesta sexta-feira, 2, revela preocupações para o jornalismo global. Pela primeira vez, 50% dos países enfrentam condições precárias para a prática jornalística.

Segundo o estudo, em 90 das 180 nações avaliadas, a situação para a liberdade de imprensa é considerada difícil ou muito grave. Apenas 42 nações oferecem um ambiente considerado bom, ou relativamente satisfatório, para os profissionais da mídia.

Brasil melhora no ranking de liberdade de imprensa

Os dez melhores e os dez piores países avaliados, além do Brasil, conforme pesquisa do Repórteres Sem Fronteiras (RSF) | Foto: Reprodução/Folha

O Brasil apresentou uma melhora no ranking: subiu 47 posições e alcançou a 63ª posição, entre os 180 países avaliados. O top 10 da lista tem, em ordem, Noruega (1º), Estônia (2º), Holanda (3º), Suécia (4º), Finlândia (5º), Dinamarca (6º), Irlanda (7º), Portugal (8º), Suíça (9º) e República Tcheca (10º).

Já as piores nações no quesito de liberdade de imprensa são: Rússia (171º), Nicarágua (172º), Vietnã (173º), Turcomenistão (174º), Afeganistão (175º), Irã (176º), Síria (177º), China (178º), Coreia do Norte (179º) e Eritreia (180º).

Além desses, outros casos negativos e críticos ocorrem na Palestina, onde cerca de 200 jornalistas foram mortos desde o início do conflito com Israel, e em países da África Oriental, como Uganda, Etiópia e Ruanda. No Oriente Médio, a maioria das nações enfrenta situações difíceis, com exceção do Catar.

A situação do Brasil

Apesar do ganho de algumas posições, o Brasil ainda enfrenta grandes desafios, avaliou o diretor do escritório da RSF para a América Latina, Artur Romeu. Para ele, ainda há ameaças à segurança dos jornalistas e campanhas que comprometem a credibilidade da imprensa. A RSF aponta o enfraquecimento econômico dos meios de comunicação como uma das principais ameaças à liberdade de imprensa.

Fatores como a competição com grandes empresas de tecnologia, a concentração da propriedade dos meios de comunicação e a pressão de anunciantes ou financiadores têm impactado negativamente os veículos de mídia. Além disso, a ausência, restrição ou atribuição opaca de auxílios públicos contribuem para essa fragilidade.

Crédito Revista Oeste

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Fonte:
Paulo Figueiredo

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