A chaminé que sinaliza a escolha de um novo papa foi instalada na manhã desta sexta-feira (2) no telhado da Capela Sistina, no Vaticano. A estrutura, símbolo tradicional do conclave, será usada a partir da próxima quarta-feira (07), quando os cardeais iniciam a votação para definir o sucessor de Francisco.
A instalação foi feita por bombeiros e faz parte dos preparativos finais para o conclave, que reúne cardeais de diversos países. Antes da votação, eles participam de reuniões que discutem o futuro da Igreja Católica e o perfil mais adequado para o novo pontífice.
Durante o conclave, os votos são queimados após cada rodada em uma fornalha especial. A cor da fumaça que sai pela chaminé indica o resultado: preta, quando não há consenso; branca, quando um novo papa é eleito. A escolha é feita em sessões secretas, sempre à porta fechada.
Entenda o que é o conclave e como é eleito o novo papa
O conclave é o processo reservado de escolha do novo papa, no qual cardeais com menos de 80 anos se reúnem na Capela Sistina, no Vaticano, trancados e isolados do mundo externo até que um sucessor seja definido. A eleição começa após nove dias de luto pela morte de Francisco, contados a partir do sepultamento realizado em 26 de abril. Os preparativos na capela começam na segunda-feira (5), e o conclave terá início na quarta-feira (07).
Ao todo, 135 cardeais eleitores participarão da votação, incluindo sete brasileiros. Podem ocorrer até quatro rodadas por dia. Se após três dias não houver consenso, os cardeais realizam uma pausa para oração e reflexão, repetida até sete vezes. O processo segue em sigilo absoluto, sem comunicação externa. Para ser eleito, um candidato precisa obter dois terços dos votos. Caso não haja vencedor, os dois mais votados disputam uma rodada final.
A cerimônia será conduzida pelo cardeal Giovanni Battista Re, decano do Colégio Cardinalício. Ao confirmar a aceitação do escolhido, ele questiona: “Como quer ser chamado?”. O novo pontífice é então anunciado ao mundo pela sacada da Basílica de São Pedro. Embora não haja prazo fixo, as duas últimas eleições, em 2005 e 2013, duraram apenas dois dias. A mais longa, no século XIII, levou quase três anos.