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Durante a visita oficial do presidente do Chile, Gabriel Boric, ao Brasil, na semana passada, houve avanço nas negociações sobre o Corredor Bioceânico. A iniciativa prevê a ligação dos portos brasileiros em São Paulo, Paraná e Santa Catarina aos portos chilenos, com conclusão prevista até 2026. Para especialistas, há um alerta a ser considerado: facções criminosas brasileiras já estariam estudando a nova rota para expandir o mercado da cocaína, sobretudo para a Oceania e, possivelmente, para a Ásia.
Para o mercado legal, o Corredor Bioceânico apresenta-se como um projeto de rota terrestre, envolvendo rodovias e ferrovias, que ligará o Brasil ao Chile, passando pelo Paraguai e pela Argentina, até chegar ao Oceano Pacífico.
O objetivo é criar um caminho mais curto e eficiente para exportar e importar produtos entre a América do Sul e a Ásia — principalmente a China —, utilizando os portos do Chile, em vez de depender apenas dos portos brasileiros no Oceano Atlântico. A nova rota pretende reduzir o tempo e o custo do transporte de mercadorias para consumidores asiáticos e outros países da costa do Pacífico, fortalecendo o comércio sul-americano no cenário global. No entanto, também representa um risco de expansão para o segmento global da cocaína, em parte dominado por facções como o Primeiro Comando da Capital (PCC).
O encontro entre Boric e Lula também resultou na assinatura de acordos bilaterais para o enfrentamento ao crime organizado. Para especialistas, a razão para as medidas previstas é clara: os planos das principais organizações criminosas da América do Sul, principalmente o PCC, de explorar a nova rota para expandir seus negócios e alcançar continentes ainda pouco explorados. A partir do Oceano Pacífico, os carregamentos de cocaína estarão muito mais próximos da Oceania e da Ásia, reduzindo custos e facilitando a logística de transporte também para mercadorias ilegais.
Crédito Gazeta do Povo
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Fonte:
Paulo Figueiredo