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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não participará de nenhum evento público presencial alusivo ao Dia do Trabalhador, celebrado nesta quinta-feira (1º de maio). A decisão de evitar cerimônias presenciais — que tradicionalmente marcaram a trajetória política do petista — foi tomada para evitar o risco de baixa adesão popular, como ocorreu no ano passado.
Em 2023, Lula enfrentou um constrangimento político ao discursar em ato com público reduzido, cenário que gerou críticas até de aliados. Neste ano, o presidente optou por um formato mais controlado: gravou um pronunciamento oficial, que será transmitido em cadeia nacional de rádio e televisão às 20h desta quarta-feira (30). A gravação foi realizada na segunda-feira (28), no Palácio da Alvorada.
Com a ausência física do presidente nas ruas, quem representará o governo nos eventos será o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho — o mesmo que, em 2024, também foi incumbido de fazer o pronunciamento oficial no lugar de Lula. A escolha reforça a percepção de que, neste mandato, o Palácio do Planalto tem adotado cautela quanto à exposição direta de Lula em agendas com presença popular.
É a primeira vez que Lula se ausenta das celebrações do 1º de Maio como presidente nesta gestão, um gesto simbólico especialmente relevante vindo de um ex-líder sindical que sempre construiu sua imagem política em torno do protagonismo da classe trabalhadora.
Embora o conteúdo do pronunciamento ainda não tenha sido antecipado oficialmente, a expectativa é que o presidente foque em medidas econômicas, programas sociais e ações voltadas ao emprego — temas centrais de seu terceiro mandato, mas que, até aqui, não se traduziram em forte mobilização popular em torno do governo.

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Fonte : Hora Brasilia