Ministério da Justiça investiga fim de trégua entre PCC e Comando Vermelho

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Foto: Engin Akyurt/Unsplash

A Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), vinculada ao Ministério da Justiça, está apurando a autenticidade de uma carta que teria decretado o fim da trégua entre o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV), as duas maiores facções criminosas em atuação no Brasil.

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O documento, que começou a circular em grupos de mensagens na última segunda-feira (28), supostamente teria sido assinado por integrantes do Comando Vermelho. Na carta, o grupo afirma não reconhecer mais qualquer tipo de aliança com o PCC, sinalizando a ruptura do pacto firmado entre os líderes das facções no início deste ano.

A carta está sob análise da inteligência do Ministério da Justiça, que monitora de perto os desdobramentos por meio da Senappen, órgão responsável pela gestão dos presídios federais. Atualmente, figuras centrais do PCC e do Comando Vermelho estão custodiadas nas unidades prisionais de Brasília e Campo Grande, respectivamente.

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A trégua, oficializada em fevereiro, visava reduzir o número de mortes entre as facções e os altos custos gerados pela disputa territorial, permitindo a continuidade das atividades ilegais sob menor risco de confrontos internos.

No entanto, segundo fontes que acompanham a movimentação dessas facções, o acordo começou a ruir por conta de conflitos locais em diferentes regiões do país, enfraquecendo a coesão construída entre os chefes presos.

De acordo com informações obtidas por integrantes da inteligência do goveerno, a ruptura não foi surpreendente. “Era questão de tempo até essa união se desfazer”, comentou um investigador que acompanha o caso, sob condição de anonimato, em declaração à CNN.

A mensagem atribuída ao Comando Vermelho, agora sob verificação das autoridades, teria como alvo os integrantes e aliados em todos os estados e até fora do país, o que levanta o alerta para uma possível escalada de violência entre os grupos rivais. O governo federal mantém monitoramento reforçado nas unidades penitenciárias federais e articula medidas preventivas diante do risco de novos confrontos.

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Fonte : Conexão Politica

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