Líquido suspeito e promessa para melhorar voz: o que se sabe sobre professor de canto preso por dar suposto ‘chá’ com sêmen a alunas


Caso aconteceu no distrito de Luzimangues (TO). Hallan Richard Morais da Cruz, de 26 anos, teve prisão preventiva decretada e família divulgou nota repudiando o caso. Hallan Richard Morais foi preso suspeito de tentativa de violação sexual em Luzimangues
Divulgação/Portal Agência Tocantins
O caso do professor de canto Hallan Richard Morais da Cruz, de 26 anos, que, segundo investigação, ofereceu a alunas um suposto ‘chá’ contendo sêmen surpreendeu o distrito de Luzimangues, em Porto Nacional. Ele está preso preventivamente na unidade prisional do município e o caso segue em investigação.
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Diante da suspeita contra o professor, o g1 reuniu informações sobre o que se sabe até o momento com relação ao caso. Confira:
Quando o professor foi preso?
O que ele postava na internet?
Como a PM chegou ao suspeito?
O que diz a defesa?
Confissão aos policiais e análise do material
Como foi a audiência de custódia?
Professor é investigado por outros crimes?
Irmão entregou HD externo à polícia
Família e empresa fizeram notas de repúdio
Quando o professor foi preso?
A prisão aconteceu na noite de sexta-feira, 25 de abril. Hallan Richard atuava como professor de canto e instrumentos musicais no distrito. Segundo as investigações, ele teria alterado um chá, incluindo sêmen, para dar às alunas alegando que o líquido melhoraria a garganta e cordas vocais.
O que ele postava na internet?
O professor publicava vídeos tocando instrumentos musicais e cantando em igreja. Em vídeos publicados pelo suspeito em uma rede social, ele aparece tocando bateria, guitarra e violão, além de cantar com mulheres (assista abaixo).
Professor de canto suspeito de oferecer ‘chá’ com sêmem cantava em igreja
Como a PM chegou ao suspeito?
Uma das vítimas do professor teria percebido que o líquido havia sido alterado. Desconfiando, chamou imediatamente a Polícia Militar. Ele foi abordado no local de trabalho na noite de sexta-feira.
O que diz a defesa?
A defesa do professor está sendo feita pela Defensoria Pública do Tocantins. O órgão informou que após ele não apresentar uma defesa particular, foi automaticamente inserida no processo pela Justiça. Também afirmou que deve continuar dando assistência ao professor durante os procedimentos judiciais, enquanto ele não apresentar um advogado (veja nota completa abaixo).
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Confissão aos policiais e análise do material
Segundo a Polícia Militar, Hallan confessou que incluiu o líquido corporal no chá e oferecido às alunas. A polícia apurou ainda que o professor filmava as vítimas ingerindo o chá sem que elas soubessem.
Durante a abordagem, foram apreendidos dois frascos com um líquido suspeito e um celular, que estaria sendo usado para gravar as vítimas. Além da denunciante, o professor afirmou ter outras cinco vítimas, incluindo uma menor de idade, segundo a PM.
Apesar da confissão, o líquido foi recolhido pela perícia e passa por exames para confirmar se o sêmen é do suspeito ou não.
Como foi a audiência de custódia?
Hallan Richard Morais foi presos suspeito de oferecer bebida com o próprio sêmen para alunas
Reprodução
Ele passou por audiência de custódia na manhã de domingo (27), onde teve a prisão convertida para preventiva. A decisão foi assinada pelo juiz Willian Trigilio da Silva, do plantão de 1º instância do Tribunal de Justiça do Tocantins.
No documento, o juiz afirmou que, considerando as provas apresentadas no processo, o investigado representa um risco à sociedade e por isso descartou a possibilidade da liberdade provisória com medidas cautelares.
“A liberdade do suspeito se tornou, em tese, um risco concreto às vítimas e coloca em risco a ordem pública, além de considerar que o suspeito é professor de música das ofendidas, não havendo outra solução a não ser a decretação da medida extrema de restrição de sua liberdade”, destacou o magistrado.
Professor é investigado por outros crimes?
Apesar de o professor ter afirmado durante audiência de custódia que não respondia por outro crime, a Polícia Militar e a Justiça apontaram que Hallan Richard já é investigado por um suposto estupro de vulnerável. Não foram divulgadas informações sobre esse caso.
Irmão entregou HD externo à polícia
O irmão de Hallan Richard entregou à polícia um aparelho HD externo, no qual o professor supostamente armazenava os vídeos das alunas ingerindo o suposto ‘chá’ com sêmen. O equipamento foi entregue na Central de Atendimento à Mulher, em Palmas, no sábado (26).
O g1 teve acesso ao termo de declaração em que o irmão contou à delegada que fez buscas pelo quarto do professor, que mora com os pais, e encontrou o dispositivo em uma escrivaninha.
Ao verificar o aparelho de armazenamento, o irmão identificou que havia pelo menos quatro vídeos de mulheres ingerindo o líquido. Também encontrou um vídeo do professor se masturbando e filmando crianças em um lote, além de fotos de mulheres em vários locais de Luzimangues.
O caso está sendo investigado pela 72ª Delegacia de Polícia do Distrito de Luzimangues.
Família e empresa fizeram notas de repúdio
A família de Hallan Richard publicou nota para repudiar e demonstrar indignação contra os supostos atos do professor de canto. A nota de repúdio foi publicada na manhã de domingo (27), nas redes sociais de parentes do suspeito.
“Em razão da prisão de Hallan Richard, ocorrida em 25/04/2025, seus familiares manifestam publicamente seu total REPÚDIO a toda e qualquer conduta ilícita a ele imputada e confiam no Poder Judiciário para que, comprovada a autoria e materialidade dos fatos, haja a devida responsabilização”, diz trecho da nota (veja nota na íntegra o fim da reportagem).
A empresa onde Hallan Richard trabalhou também manifestou repúdio pela conduta e esclareceu que o professor de canto não presta mais serviços ao local.
“Ante a gravidade, reprovabilidade e repercussão do caso envolvendo a prisão de Hallan Richard em 25/04/2025, por possíveis ilícitos sexuais, a Vegas Assessoria de Marketing vem publicamente esclarecer que a menção ao nome da empresa existente na conta de Instagram de Hallan Richard se dá somente pelo fato dele ter prestado serviços em setembro e outubro de 2023, afastado das atividades da empresa desde então”(veja nota na íntegra o fim da reportagem).
Leia a íntegra das notas:

Defensoria Pública
A Defensoria Pública do Estado do Tocantins informa que a pessoa citada pela reportagem foi assistida pela Instituição durante a audiência de custódia, haja vista que não apresentou defesa particular (advogado ou advogada) até a audiência. Em casos como esse, a Defensoria Pública é automaticamente inserida ao processo pelo sistema de Justiça para atuar a fim de garantir o contraditório, entre outros direitos. O citado continuará sendo assistido da Instituição se não apresentar defesa privada.
Nota de repúdio da família
Em razão da prisão de Hallan Richard, ocorrida em 25/04/2025, seus familiares manifestam publicamente seu total REPÚDIO a toda e qualquer conduta ilícita a ele imputada e confiam no Poder Judiciário para que, comprovada a autoria e materialidade dos fatos, haja a devida responsabilização
Ante a gravidade e reprovabilidade, bem como a repercussão do caso, a família atravessa um momento de grande sofrimento e se solidariza com as possíveis vitimas e seus familiares, com votos para que a justiça seja feita.
ADVOCACIA E CONSULTORIA JURIDICA JULLYEGTHE PEREIRA
Nota de repúdio da empresa Vegas Assessoria de Marketing
Ante a gravidade, reprovabilidade e repercussão do caso envolvendo a prisão de Hallan Richard em 25/04/2025, por possíveis ilícitos sexuais, a Vegas Assessoria de Marketing vem publicamente esclarecer que a menção ao nome da empresa existente na conta de Instagram de Hallan Richard se dá somente pelo fato dele ter prestado serviços em setembro e outubro de 2023, afastado das atividades da empresa desde então.
A Vegas Assessoria de Marketing manifesta total REPÚDIO a toda e qualquer conduta ilicita a ele imputada e confia no Poder Judiciário para que, comprovada a autoria e materialidade dos fatos, haja a devida responsabilização.
ADVOCACIA E CONSULTORIA JURIDICA JULLYEGTHE PEREIRA
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