O Ministério Público denunciou nesta segunda-feira (28) um servidor da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) por racismo e armazenamento de pornografia infantil. A investigação teve início após o homem, de 59 anos, supostamente fazer um gesto nazista durante uma reunião virtual de trabalho, em Santa Maria, na Região Central do Rio Grande do Sul.
Segundo a Polícia Civil, o servidor teria feito um gesto com a mão associado a ideologias supremacistas brancas. Durante a apuração, mandados de busca foram cumpridos em imóveis ligados ao suspeito, em Santa Maria e Silveira Martins. Neles, foram apreendidos objetos que remetem ao nazismo, como capacete, máscara de gás, pingentes e estatuetas.
Além disso, celulares e um computador foram recolhidos e encaminhados ao Instituto-Geral de Perícias, que encontrou arquivos com imagens relacionadas ao holocausto, ao nazismo e ao racismo. Também foram identificadas imagens de cunho pedófilo armazenadas nos dispositivos.
O investigado foi ouvido, mas permaneceu em silêncio. Ele responde ao processo em liberdade.
A Fepam informou que instaurou um Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) para apurar a conduta do servidor. A investigação interna está em fase de coleta de provas, com prazo de 60 dias para conclusão. O funcionário está afastado das funções desde março e apresentou atestado médico recomendando o afastamento por ao menos 120 dias.
A defesa nega qualquer motivação racista ou envolvimento consciente com material de pedofilia. Alega que o gesto feito durante a reunião não teve conotação ideológica e que os arquivos encontrados foram automaticamente baixados em grupos de mensagens, sem intenção deliberada do investigado.
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