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O networking é um poderoso instrumento de relacionamento no mercado financeiro. Muitas das contratações dos melhores e mais disputados talentos não são feitas por tradicionais grupos de recursos humanos. É a indicação de um conhecido que referenda esse profissional. Mas nem sempre isso resolve, e os executivos precisam de ajuda. Essa é a proposta dos ex-XP Gabriel Santos e Guilherme Lachner.
Os profissionais de RH trabalharam juntos na fase de expansão pós-IPO da XP. E perceberam que contratar os mais disputados executivos do mercado exigia criatividade e soluções que iam além do tradicional processo seletivo pelas grandes empresas de recrutamento para as companhias, e das cartas com a oferta de salário, bônus e sociedade dos candidatos.
“A dor do mercado financeiro é a do capital humano. As consultorias não conseguem dar a customização desejada. Depois de trabalhar em grandes empresas financeiras e de recrutamento, vimos que há espaço para algo mais segmentado”, afirma Santos, sócio-fundador da Link Lynk Human Capital, ao NeoFeed.
A proposta da Lynk HC é ser uma boutique de soluções de capital humano para o mercado financeiro, com foco maior em assets e wealth management, e para fintechs e venture capital. A ideia é sempre buscar posições C-Level, executivas ou sêniores. E segundo eles, intermediar a contratação por uma empresa deixa tudo mais formalizado, aumentando a governança.
Antes de se encontrarem na XP, Lachner estava no Nubank e Santos, na empresa de recrutamento Hays. Após o período juntos, cada um foi para um lado: Lachner entrou no venture capital ONEVC e Gabriel na empresa de recrutamento Options Group. Desde abril, decidiram “linkar” as carreiras novamente com a criação da boutique oficialmente.
A Lynk HC surge em um momento complicado no mercado financeiro. Uma parte das empresas estão segurando o investimento enquanto outra parte luta para sobreviver. Mas, segundo os especialistas, isso também é uma oportunidade para quem busca capturar talentos.
O primeiro diferencial que a boutique vai oferecer é, justamente, uma área de capital introduction (introdução de capital, do inglês). Comum nos Estados Unidos, esse tipo de empresa faz o contato de agentes do mercado interessados em comprar e vender empresas (ou parte delas) com que está procurando absorver times de profissionais.
Muitas vezes, a solução de um M&A acaba sendo uma absorção de time e não exatamente a compra de uma empresa. É a conhecida história de que profissionais podem valer mais do que a própria empresa.
“É esse tipo de fusão e aquisição que queremos fazer, conectando sócios com quem busca sociedades com capital humano complementar. Ninguém ainda faz esse business no Brasil”, afirma Lachner, sócio-fundador da Lynk HC.
Segundo os empreendedores, o mercado mais ativo para contratações hoje é o de wealth management, com bancos, family offices e assessorias de investimento em busca de bankers sêniores, com carteiras milionárias de clientes para crescer.
Já as assets estão em busca da fusão com times complementares para sobreviver. Enquanto as fintechs estão sendo demandadas por seus investidores a serem muito assertivas em suas contratações, e buscando executivos com visão tanto especialista como generalista.
No entanto, muitas fusões estão paradas por não se chegar a um valor de valuation, mas isso deve mudar, já que com o cenário desafiador quem não ceder vai desaparecer.
“Muitas fusões e aquisições não ocorrem por uma questão de ego, de como vai ficar o fundador na nova empresa. É esse tipo de coisa que queremos atacar, olhando mais nos recursos humanos do deal. E a hora para resolver isso é agora”, afirma Santos.
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Neofeed
