Funcionária ganha Jeep Compass, gasta R$ 10 mil em reparos, é demitida e empresa recupera carro

Funcionária com o Jeep Compass sorteado

Funcionária com o Jeep Compass sorteado – Foto: Reprodução/ND

A auxiliar de contabilidade Larissa Amaral da Silva, de 25 anos, afirma ter sido vítima de uma situação abusiva envolvendo a empresa onde trabalhava, em Santos, São Paulo.

Segundo ela, após ganhar um Jeep Compass em um sorteio promovido pela empresa, teve que arcar com R$ 10 mil em reparos no veículo, mas posteriormente foi demitida.

O carro, de acordo com Larissa, foi recolhido pela empresa sem sua autorização, mesmo estando em processo de transferência para seu nome.

O que ocorreu após o sorteio o Jeep Compass?

A situação veio a público após um desabafo feito por Larissa nas redes sociais, onde relatou ter sido pressionada a cumprir metas e investir recursos próprios para manter o prêmio.

“Imagina ganhar algo e ter a obrigação de, todos os dias, se cobrar, se avaliar e gastar em nome de uma empresa para manter aquilo que você ganhou. Absurdo!”, escreveu.

Jeep Compass

Jeep Compass foi classificado como sinistrado, segundo defesa da contadora – Foto: Reprodução/ND

Ela afirmou ainda que tentou resolver a situação de forma amigável, mas sem sucesso, e que agora buscará reparação na Justiça.

Os advogados de Larissa, Paulo Ferreira e Lenine Lacerda, confirmaram que entrarão com ação trabalhista nesta semana.

Eles informaram que o sorteio ocorreu em 13 de dezembro de 2024, com entrega do veículo dez dias depois.

Segundo a defesa, o carro – um modelo 2017 avaliado em R$ 88 mil – foi anunciado como prêmio de “mais de R$ 100 mil”, apesar de estar em más condições e ser classificado como sinistrado.

Empresa negou acusações

Em nota, a Quadri Contabilidade alegou que Larissa aceitou participar do sorteio e concordou com todas as regras, entre elas: permanecer empregada por 12 meses, atingir metas trimestrais – incluindo campanhas beneficentes – e arcar com os custos do carro durante esse período.

A transferência do veículo, segundo a empresa, estava prevista apenas para dezembro de 2025.

Ainda de acordo com a empresa, Larissa teria descumprido cláusulas do regulamento ao alugar o carro para terceiros.

Por isso, teria sido desclassificada do sorteio, perdendo o direito ao prêmio.

 

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A empresa diz que houve tentativa de acordo, com a oferta de pagar o valor total do veículo em troca de uma nota de esclarecimento nas redes sociais, mas Larissa teria recusado.

A Quadri finaliza a nota dizendo que o veículo sempre pertenceu à empresa, que todas as verbas rescisórias foram pagas e que as acusações públicas da ex-funcionária causaram transtornos aos sócios e familiares.

A empresa nega qualquer irregularidade e afirma confiar na Justiça para esclarecer os fatos.

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