Deputado do Parlamento Europeu propõe sanções contra Alexandre de Moraes por intimação a Bolsonaro na UTI

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A repercussão internacional das ações do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, ganhou um novo capítulo nesta quinta-feira (24), após o eurodeputado polonês Dominik Tarczyński protocolar um projeto de resolução no Parlamento Europeu propondo sanções contra o magistrado brasileiro. O motivo: o envio de uma oficial de Justiça ao leito de hospital onde o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se recupera de uma cirurgia, para notificá-lo no processo em que é réu por tentativa de golpe de Estado.

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Tarczyński, que integra a ala mais conservadora do Parlamento Europeu, classificou o ato como “inaceitável” e acusou Moraes de promover perseguição política.

“Esse tipo de ação tomada pelo ministro da Suprema Corte Alexandre de Moraes é inaceitável. É por isso que decidi reagir. A União Europeia precisa tomar providências agora”, afirmou o parlamentar em vídeo divulgado nas redes sociais.

Em tom contundente, o eurodeputado comparou as decisões de Moraes a regimes autoritários e sugeriu que o ministro estaria atuando com viés ideológico.

“Eu vivia sob o comunismo, sou da Polônia, sei o que é o comunismo. As ações tomadas por esse juiz são puro comunismo. Eles querem destruir seus oponentes políticos”, disse Tarczyński. “Temos que defender a democracia. E temos que lutar contra os comunistas.”

A proposta de resolução tem como objetivo tornar Moraes alvo de sanções diplomáticas em território europeu, embora o alcance legal de tal medida ainda dependa da tramitação interna no Parlamento da União Europeia e da adesão de outros eurodeputados.

O deputado também vinculou o caso Bolsonaro a outros episódios envolvendo líderes conservadores ao redor do mundo, como Donald Trump, nos Estados Unidos, e Javier Milei, presidente da Argentina.

“A família Bolsonaro é só um exemplo, porque a oposição conservadora é tratada da mesma forma ao redor do mundo. Tentaram matar Trump, prender Trump. Tentaram se livrar de Milei.”

Segundo Tarczyński, a mobilização internacional é necessária para proteger “a comunidade conservadora global” diante do que ele classifica como esforços para eliminar opositores pela via judicial.

“Vamos ficar com a família Bolsonaro. Vamos defender a democracia e os direitos humanos. Vou propor o projeto de resolução para estabelecer sanções a Moraes. É hora de agir”, concluiu o parlamentar.

A ação de Moraes, que enviou uma oficial de Justiça ao hospital DF Star, em Brasília, onde Bolsonaro está internado desde o dia 11, gerou reação tanto de aliados quanto de adversários políticos. A defesa de Bolsonaro alegou que a notificação judicial foi realizada em um momento delicado de saúde, após o ex-presidente passar por uma cirurgia intestinal e apresentar quadro clínico instável.

O STF justificou a decisão alegando que o próprio Bolsonaro havia aparecido em uma transmissão ao vivo, demonstrando estar em condições de ser intimado. A Corte ainda ressaltou que a medida seguiu prazos legais e foi feita com cautela.

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Fonte : Hora Brasilia

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