Trio pega quase 80 anos em penas somadas pela morte de jogador por foto com suposto gesto de facção no AC


Júri popular do trio iniciou nesta quarta-feira (23) em Rio Branco e terminou com a condenação do trio. Thiago Oseas da Silva, jogador pernambucano, foi assassinado a tiros em 2024 após postar uma foto com um gesto associado a uma facção criminosa. Acusados estão presos no Complexo Prisional de Rio Branco pela morte de Thiago Oseas Tavares da Silva
Reprodução
Os acusados pela morte do jogador pernambucano Thiago Oseas Tavares da Silva, de 18 anos, foram condenados a quase 80 anos de prisão em penas somadas por júri popular nesta quarta-feira (23).
Andrey Borges Melo, Darcifran de Moraes Eduino Júnior e Kauã Cristyan Almeida Nascimento foram considerados culpados por homicídio com motivo torpe, mediante emboscada, constrangimento ilegal, corrupção de menor e organização criminosa. O g1 tenta contato com a defesa dos acusados.
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O julgamento iniciou pela manhã dessa quarta-feira (23) na 1ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Rio Branco, na capital acreana. “Outrossim, a dinâmica dos fatos revela premeditação e um planejamento detalhado do delito, fator que, decerto, extrapola a culpabilidade normal do tipo”, afirma um trecho da sentença assinada pelo juiz Fábio Farias.
Cada um foi condenado a mais de 20 anos de reclusão, sendo que Darcifran Junior recebeu mais de 30 anos. Eles cumprirão a sentença em regime inicial fechado. Confira abaixo as penas:
Andrey Borges Melo: 24 anos e oito meses de reclusão, 150 dias-multa, e um ano, três meses e 20 dias de detenção;
Darcifran de Moraes Eduino Júnior: 32 anos e 10 meses de reclusão, 180 dias-multa, e um ano, dez meses e 15 dias de detenção;
Kauã Cristyan Almeida Nascimento: 21 anos e oito meses de reclusão, 150 dias-multa, e um ano e 15 dias de detenção.
Denúncia
O trio foi denunciado pelo Ministério Público Estadual (MP-AC) em abril do ano passado. O jovem foi assassinado a tiros no dia 31 de março de 2024 no bairro Santa Inês, na capital acreana, após postar uma foto com um gesto associado a uma facção criminosa. O corpo foi levado para Recife, em Pernambuco, onde o jogador morava.
“Tudo indica que o crime foi motivado pela guerra entre facções criminosas, com os acusados acreditando que as vítimas pertenciam à organização rival, conhecida como Comando Vermelho. O ato, portanto, ao que parece, caracteriza-se como uma atividade de extermínio, considerando que os autores do delito eram membros da organização criminosa “Bonde dos Treze”, facção que exercia domínio sobre o bairro onde os fatos ocorreram”, afirmou o MP-AC.
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Arquivo pessoal
Na foto que foi o estopim para o caso (veja acima), o rapaz aparece ao lado de uma piscina e fazendo o símbolo de ‘amor e paz’, que também é associado ao Comando Vermelho.
Thiago Oseas estava em uma festa de aniversário quando o local foi invadido por um grupo criminoso, ele teve o celular vasculhado, foi levado para outra rua e baleado. Ele morreu no local.
Na ocasião, a Polícia Militar conseguiu prender quatro suspeitos e apreender três adolescentes que suspeito de ter participado do crime.
O jogador estava à disposição da base do Santa Cruz-AC e havia chegado ao Acre duas semanas antes do crime para disputar o Campeonato Acreano Sub-20. Ele morava junto com outros jogadores em um alojamento na capital.
Em um vídeo publicado pelo ge AC, o treinador disse que o jovem era exemplar e sonhava se tornar um jogador de futebol profissional.
Thiago Oseias integrava categoria de base do Santa Cruz-AC
Arquivo pessoal/Land Sport TV
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