Volume de precipitação será bastante irregular na Região Sul; Rio Grande do Sul pode passar mais de uma semana com tempo seco em muitas cidades e problemas com estiagem tendem a se intensificar
A tendência para os próximos dez dias aponta um cenário de pouca chuva para o Sul do Brasil, especialmente no Rio Grande do Sul, onde a irregularidade nas precipitações será acentuada. Segundo a MetSul Meteorologia, o período entre o fim de abril e o início de maio deverá ser marcado por baixos acumulados e até ausência de chuva em diversas regiões do estado gaúcho.
Tempo firme predomina no Rio Grande do Sul
A análise do modelo europeu ECMWF indica que, ao contrário de outras partes do país, o Rio Grande do Sul não deve registrar volumes significativos de precipitação. Em muitas áreas do território gaúcho, os acumulados serão muito baixos ou inexistentes, o que preocupa especialmente os setores agrícola e hídrico, já que o estado vem enfrentando eventos recorrentes de estiagem nos últimos anos.
Paraná terá os maiores volumes no Sul
A situação climática é diferente no Paraná, que aparece como o estado do Sul com maior tendência de chuva no período. Por lá, os volumes podem ser mais expressivos e distribuídos com alguma regularidade, embora ainda não se fale em episódios extremos. Já Santa Catarina deve ter um comportamento intermediário, com chuva mais localizada e menos volumosa.
Situação contrasta com outras regiões do Brasil
Enquanto o Rio Grande do Sul terá tempo seco na maior parte dos próximos dias, outras regiões do país vivem uma realidade oposta. O Norte segue sob influência do inverno amazônico, com chuvas fortes especialmente no Amazonas, Pará e Amapá. Já o Nordeste terá aumento nas precipitações, com destaque para áreas do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba.
No Centro-Oeste e no Sudeste, a chuva também deve aparecer com força em pontos específicos, como Mato Grosso do Sul, Goiás, Leste de Minas Gerais e São Paulo, onde os volumes podem ultrapassar os 100 mm em alguns locais.
Alerta para o campo e reservatórios no RS
Com a confirmação dessa tendência, produtores rurais e autoridades no Rio Grande do Sul devem ficar atentos. A escassez de chuva pode comprometer o solo, afetar lavouras em desenvolvimento e impactar o abastecimento de água em áreas que já vinham sofrendo com a baixa umidade.
A MetSul Meteorologia continuará monitorando os modelos climáticos e atualizando as projeções nos próximos dias. O acompanhamento é essencial para avaliação de riscos e planejamento de ações no campo e nas cidades.
Fonte: MetSul
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