Captação via Lei Rouanet atinge R$ 2 bilhões em 2025 e escancara concentração de recursos em megaprojetos

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Menos de quatro meses se passaram em 2025, e o Ministério da Cultura já autorizou quase R$ 2 bilhões em captação de recursos via Lei Rouanet. O ritmo acelerado mantém a tendência iniciada com o retorno de Lula à Presidência e confirma o apetite da atual gestão em expandir o alcance do principal mecanismo de incentivo à cultura no país.

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O dado, divulgado pelo próprio Ministério, reforça o cenário de concentração: apenas dez projetos foram autorizados a captar valores acima de R$ 10 milhões, somando quase R$ 670 milhões. Um desses projetos, da área de culinária, teve sinal verde para captar a impressionante quantia de R$ 530 milhões — embora tenha sido arquivado no início de abril, possivelmente por ter confundido “incentivo à cultura” com “orçamento de reality show gourmet”.

O deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP) criticou o volume de autorizações, chamando a Lei Rouanet de “megafone ideológico bancado pelo pagador de impostos” — uma avaliação previsível, mas que encontra eco nas dúvidas sobre a real distribuição dos recursos.

Apesar de o primeiro trimestre tradicionalmente representar uma fração menor da captação anual — cerca de 8%, segundo dados históricos — o crescimento é expressivo: o valor já liberado em 2025 é 85% maior do que o registrado no mesmo período de 2023, e quase três vezes o de 2022.

Desde a criação da lei, em 1991, mais de R$ 31 bilhões foram autorizados para uso em projetos culturais. Em 1993, primeiro ano com registros detalhados, o valor mal passava dos R$ 21 mil. Hoje, um único projeto pode pedir mais do que o orçamento anual de cidades inteiras.

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Fonte : Hora Brasilia

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