
Eudson Matos teria fornecido apoio logístico e financeiro para a execução do crime em setembro de 2024. Ele se apresentou voluntariamente e permanece preso na Central de Flagrantes de Maceió. Empresário Kleber Malaquias, conhecido como Bode Rouco, foi assassinado dentro de um bar, em Rio Largo
Reprodução/TV Globo
A Justiça de Mato Grosso prendeu o policial civil de Alagoas Eudson Matos, acusado de ter participado da morte do empresário e ativista político Kleber Malaquais. A informação foi divulgada nessa terça-feira (22). Eudson Matos foi preso por tentativa de homicídio, segundo o Ministério Público do Estado de Alagoas (MP-AL).
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Ainda de acordo com o MP, a prisão preventiva foi decretada no último sábado (19), quando o policial civil foi acusado pelo crime em Mato Grosso. O crime aconteceu em setembro de 2024.
Eudson teria fornecido o apoio logístico e financeiro para a execução do crime e, por esse motivo, teve a prisão decretada. A medida chegou a ser suspensa por decisão liminar mas depois, por unanimidade, o MP-MT e o TJ-MT reformou a decisão e pediu novamente a prisão.
Segundo o MP-AL, o réu se apresentou voluntariamente e permanece custodiado na Central de Flagrantes, em Maceió.
O Ministério Público informou ainda que compartilhou com os órgãos responsáveis de Mato Grosso todas as informações que comprovam o envolvimento dele com a morte de Malaquias. O empresário foi morto em 15 de julho de 2020, em um bar na Mata do Rolo, em Rio Largo, região metropolitana de Maceió.
Uma denúncia apresentada pela 3ª Promotoria de Justiça de Rio Largo aponta que Eudson Matos participou do homicídio duplamente qualificado, por impossibilidade de defesa da vítima e por ter cometido o crime por uma promessa de recompensa financeira.
Kleber Malaquais era conhecido por fazer diversas denúncias contra políticos e por fornecer informações ligadas a essas mesmas denúncias à polícia e ao MP-AL.
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Marcelo José de Souza foi condenado a 24 anos de prisão em regime fechado. Já Fredson José dos Santos teve pena fixada em 30 anos de reclusão, também em regime fechado. Edinaldo Estevão de Lima, por sua vez, teve a pena base fixada em 12 anos, enquanto José Mário de Lima Silva foi condenado a oito anos, quatro meses e um dia de prisão, em regime semiaberto.
No caso dele José Mário e de Edinaldo, a justificativa para a progressão do regime foi o tempo que ambos já estavam presos, o que resultou na retirada de três anos, sete meses e 29 dias de suas penas.
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