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O funeral do papa Francisco foi marcado para o próximo sábado, 26 de abril, e será realizado na Praça de São Pedro, no Vaticano. Após a cerimônia, que deve reunir autoridades do mundo inteiro e milhares de fiéis, o corpo do pontífice será sepultado na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, conforme o desejo registrado em seu testamento. Será a primeira vez na história recente da Igreja que um papa não será enterrado no território vaticano.
Francisco morreu na manhã da última segunda-feira (21), aos 88 anos, após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC) e um colapso cardiocirculatório. No domingo anterior à sua morte, ele ainda fez uma última aparição pública, circulando pela Praça de São Pedro no papamóvel e abençoando os fiéis.
Nesta quarta-feira, 23, o corpo será conduzido do Vaticano à Basílica de Santa Maria Maior após uma cerimônia de oração presidida pelo cardeal Kevin Joseph Farrell, camerlengo da Santa Igreja Romana. A procissão passará por locais simbólicos da Cidade do Vaticano até a entrada da basílica, onde será celebrada uma Liturgia da Palavra.
Logo após essa celebração, o corpo ficará exposto ao público no Altar da Confissão, e os fiéis poderão prestar suas últimas homenagens ao primeiro papa latino-americano da história. As imagens divulgadas pelo Vaticano mostram o pontífice vestindo casula vermelha e mitra episcopal, deitado em um caixão simples de madeira, conforme especificado em seu testamento.
A escolha pela Basílica de Santa Maria Maior tem um profundo valor espiritual para Francisco. O local abriga uma imagem bizantina da Virgem Maria com o Menino Jesus, diante da qual o papa costumava rezar antes e depois de suas viagens internacionais. Sua última visita ao santuário ocorreu em 12 de abril, poucos dias após receber alta do Hospital Gemelli, onde passou mais de cinco semanas tratando uma pneumonia grave.
Com seu sepultamento fora do Vaticano e o pedido por uma lápide simples, com apenas seu nome e data, Francisco deixa um legado de humildade até o fim — coerente com o tom pastoral e acessível que marcou seu papado desde 2013.
A cerimônia de sábado será transmitida ao vivo para todo o mundo, e a expectativa é de que o evento reúna líderes religiosos, chefes de Estado e representantes de diversas tradições de fé, num adeus histórico a um papa que desafiou costumes e expandiu os horizontes da Igreja Católica no século XXI.

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Fonte : Hora Brasilia