O assassinato de uma garota de 18 anos, grávida de três meses, abalou a comunidade na cidade catarinense de Videira, no Meio-Oeste do estado. Em 5 de abril de 2024, Maria Julia Borges Bitencort foi morta com um tiro de espingarda no rosto. O responsável pelo crime foi o namorado dela, um homem de 20 anos, que foi para a prisão no mesmo dia. Nesta quarta-feira (16), ele passou por julgamento e recebeu a sentença de 30 anos.
A pena do homem é pelo crime de homicídio quadruplamente qualificado: motivo fútil, uso de meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio — agravado ainda pelo fato de Maria estar grávida. A condenação também inclui o crime de posse ilegal de arma de fogo.
De acordo com o Ministério Público, ele matou a vítima por ciúmes. Na noite do assassinato, Maria Julia havia saído com amigas, o que o acusado não aceitou.
A polícia apurou que os dois namoravam há três meses, mesmo período da gravidez, mas não moravam juntos. O crime aconteceu por volta das 3h da madrugada, na casa do rapaz, na rua José Ferlin, no bairro Oficina, onde o casal costumava se encontrar com bastante frequência.
O suspeito fugiu do local logo após o crime, mas reapareceu no final do dia, 17 horas após o crime, quando voltou para casa para buscar roupas e outros objetos. Ele tinha passagens policiais por porte ilegal e arma de fogo, posse e tráfico de drogas, associação para o tráfico de drogas e lesão corporal e pretendia fugir do estado. Além disso, ele jogou a espingarda em um rio na tentativa de se livrar das provas.
Na delegacia, o criminoso preferiu ficar em silêncio. Por fim, familiares da vítima contaram que Maria Julia sofria ameaças e o namorado costumava ser agressivo. No entanto, nenhuma ocorrência teve registro em boletim de ocorrência.
