Casal acusado de esganar, carregar corpo em mala e queimar jovem vai a júri popular em Juiz de Fora


Brunna Letycia Vicente Alves desapareceu no dia 2 de janeiro e foi encontrada dois dias depois carbonizada no Bairro Milho Branco. Herick Dornelas e Renata Sant’Ana confessaram que mataram e colocaram corpo de jovem em mala
Reprodução/Facebook
O casal Herick Patrick Soares Dornelas e Alexandre Sant’Ana vai a júri popular por suspeita de matar Brunna Letycia Vicente Alves, em janeiro de 2024, em Juiz de Fora. A sentença foi publicada na terça-feira (15) pelo Tribunal do Júri da cidade, mas ainda não há data para o julgamento.
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A jovem, que tinha 24 anos, desapareceu no dia 2 de janeiro e foi encontrada morta dois dias depois, em um matagal no Bairro Milho Branco.
As investigações concluíram que ela foi esganada, carregada em uma mala e queimada, após estar no apartamento do casal, no Bairro Previdenciários, Zona Sul da cidade. O corpo dela foi encontrado dentro da mala, parcialmente carbonizado, no Bairro Milho Branco.
O processo chegou a ser suspenso após a defesa de Renata solicitar a realização de exame de sanidade mental, alegando que ela não teria plena capacidade cognitiva para compreender o crime. No entanto, a juíza responsável pelo caso rejeitou o pedido, argumentando que o laudo pericial não comprova a alegada insanidade.
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A defesa de Renata afirmou que está ciente da decisão e que ainda avalia a possibilidade de recorrer. Já Herick é representado pela Defensoria Pública, que, até o momento, não se manifestou sobre o caso. A data do julgamento ainda não foi definida.
Segundo a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), Herick está no Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) de Juiz de Fora. Renata segue detida na Penitenciária José Edson Cavalieri.
Relembre o crime
À época, Brunna Letycia foi vista pela última vez entrando em um veículo branco em frente ao apartamento onde morava, no Bairro Aeroporto.
Pouco tempo depois, câmeras de segurança flagraram ela entrando em um apartamento no Bairro Previdenciários, no dia 2 de janeiro. O corpo foi encontrado dois dias depois em uma mata no Bairro Milho Branco.
Em uma gravação de câmera de monitoramento, é possível ver Herick carregando a mala com o corpo da vítima dentro e um cobertor por cima. Renata o acompanha e fica responsável por chamar o elevador e também o carro por aplicativo.
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O casal suspeito do crime foi preso. Os dois confessaram a autoria, segundo a polícia.
Em depoimento, Renata contou que teve um relacionamento com a vítima e a chamou a jovem para beber em casa com ela e o marido. Por ciúmes um do outro, o casal começou a discutir. A vítima chegou a ligar para amigos irem buscá-la durante a confusão, mas o homem pegou o celular dela, a jogou no sofá e a esganou.
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O casal chamou um carro de transporte por aplicativo e foi até o Bairro Milho Branco, passou na residência de um parente, pegou álcool e fósforo e ateou fogo na mala com a vítima dentro.
Conforme apurou o delegado Samuel Nery, o motorista não sabia que levava um corpo e apenas deixou o casal na casa da família deles.
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