A área conhecida como Valão, situada na Avenida Décio Martins Costa, entre as ruas Saldanha Marinho e Bento Rosa, em Lajeado, poderá passar por uma ampla remodelação a partir de 2026. Em fase de estudos, a iniciativa visa resolver problemas históricos de alagamentos e também qualificar o espaço urbano com foco em sustentabilidade e bem-estar para a população.
O projeto faz parte do Programa de Saneamento Integrado e tem como objetivo principal a execução de obras de macrodrenagem, pavimentação e serviços complementares de saneamento urbano.
Com previsão de investimento de R$ 11 milhões — a fundo perdido, ou seja, sem necessidade de devolução — o plano prevê a substituição do antigo sistema de galerias pluviais por uma nova estrutura capaz de suportar o aumento do volume de água do arroio do Engenho, especialmente em períodos de chuvas intensas. A atual estrutura, além de obsoleta, já não atende à demanda e apresenta falhas recorrentes.
A intervenção também contempla a readequação das redes de esgoto e de água no entorno, corrigindo deficiências que comprometem o funcionamento dos sistemas de drenagem. A pavimentação da Avenida Décio Martins Costa será completamente substituída, com possibilidade de uso de materiais sustentáveis que colaborem com a absorção da água da chuva.
Além dos aspectos técnicos, o projeto também prevê ações de acompanhamento social para os moradores da região, muitos dos quais enfrentam alagamentos frequentes. Essa abordagem integrada é uma das exigências do programa, que combina infraestrutura com impacto social positivo.
Segundo o vice-prefeito de Lajeado, Guilherme Cé, a obra terá dois focos principais: conter os transbordamentos do arroio e melhorar a mobilidade urbana. “A análise técnica vai definir se será feita uma nova galeria paralela ou a ampliação da atual. Também vamos readequar as pistas de rolamento, já que a avenida é uma das principais vias centrais da cidade. Com as adequações, ela poderá contribuir ainda mais com a mobilidade urbana da região”, explica.
Cé também adianta que o projeto pode ir além da infraestrutura básica. “A ideia é pensar em uma obra sustentável, com pavimento que ajude na absorção da água, calçadas e, possivelmente, ciclovias. Queremos transformar a região em um grande complexo de lazer, aproveitando os espaços já existentes para a prática de esportes e outras atividades.”
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