
Durante 6 meses, 160 países vão exibir na cidade de Osaka o que têm de melhor em arte e inovação. O pavilhão do Brasil foi criado pela cenógrafa Bia Lessa. Brasil participa de uma das principais feiras de tecnologia e cultura do mundo
Uma exposição em Osaka é uma das principais feiras de cultura e inovação do mundo, e o Brasil participa.
Os japoneses prepararam uma abertura olímpica – com mascote e tudo. Japão sendo Japão.
“O mundo saiu de uma pandemia e agora está enfrentando crises que nos dividem. Em tempos assim, ganha muito significado que pessoas do mundo todo estejam juntas, refletindo sobre a vida e valorizando culturas diferentes”, disse o primeiro-ministro Shigeru Ishiba na cerimônia – que teve a participação da família imperial japonesa.
Durante seis meses, 160 países vão exibir na cidade de Osaka o que têm de melhor em arte e inovação. Quando dá para combinar os dois, melhor ainda. Para variar, a China chegou grande. Tem uma cabine experimental do submarino tripulado Jiaolong, exibições digitais de cenários antigos da agricultura e da tecelagem chinesas. Os Estados Unidos simularam o lançamento de um foguete da Nasa.
Essas exposições mundiais, como são chamadas, têm muita história. Foi em uma delas que o mundo viu pela primeira vez a Torre Eiffel, em Paris, construída para o evento de 1889. A primeira edição é tão antiga que o registro foi na pintura. Lá se vão 174 anos. O evento na Inglaterra ficou conhecido como “A Grande Exposição”. O maior dos parques reais de Londres: Hyde Park. Foi lá, em uma primavera, que em 1851, a Rainha Vitória inaugurou a exposição gigantesca – e para todas as classes, com ingressos bem baratos.
No Japão, Brasil participa de uma das principais feiras de cultura e inovação do mundo
Jornal Nacional/ Reprodução
Assim como naquela época, a causa do evento de 2025 no Japão é celebrar o que a humanidade tem em comum: apetite por criar e pensar no futuro.
O Brasil leva para Osaka reflexões sobre o meio ambiente. No chão e no teto do pavilhão brasileiro, dezenas de árvores e bonecos infláveis simulam a riqueza dos ecossistemas e representam a nossa relação com a natureza. Tudo pintado com frases de escritores e pensadores do Brasil e de outras partes do mundo. O primeiro-ministro japonês elogiou muito o conceito, que discute sustentabilidade, combate à fome e a preservação do planeta. O pavilhão deve receber 10 mil visitantes por dia.
A idealizadora do espaço foi a cenógrafa Bia Lessa:
“As coisas s transformam. O ser humano não é mais o centro de tudo. O ser humano faz parte. é uma parte: parte do todo”.
No Japão, Brasil participa de uma das principais feiras de cultura e inovação do mundo
Jornal Nacional/ Reprodução
Ela tem falado tanto sobre o Brasil para os visitantes que ficou quase sem voz.
“Desculpa pela voz. Podemos destruir o planeta, podemos acabar com o planeta e, ao mesmo tempo, podemos nos unir e transformar o mundo. Transformar o mundo pode ser uma festa. Esse é o pavilhão do Brasil”, diz Bia Lessa.
“O Brasil hoje é parte da solução para grandes desafios que estamos vivendo no mundo. Mas, especialmente, em um modelo de desenvolvimento que seja inclusivo, que não ameaça a vida no planeta, como o que nós vivemos até aqui fez”, afirma Jorge Viana, presidente da Apex Brasil.