

Quais as diferenças entre burca, hijab e niqab? Entenda como cada vestimenta é usada por mulheres muçulmanas – Foto: Freepik/Pixabay/ND
O uso de véus islâmicos na França é um tema polêmico, especialmente por conta das leis que proíbem essas vestimentas em escolas e espaços públicos.
A discussão gira em torno do princípio da laicidade do Estado francês, que defende a neutralidade religiosa, e da liberdade individual, principalmente a liberdade religiosa.
Para muitas mulheres muçulmanas, o uso do hijab, niqab ou burca é uma expressão de fé, identidade e modéstia, conforme orientações do Islã.

Quais as diferenças entre burca e hijab e por que isso importa no debate sobre liberdade religiosa? – Foto: Pixabay/ND
Quais as diferenças entre burca, hijab e niqab
- Burca: é a cobertura mais completa, cobrindo todo o corpo e rosto, com uma tela para os olhos;
- Niqab: cobre o corpo e o rosto, mas deixa uma abertura para os olhos;
- Hijab: é um véu que cobre o cabelo, orelhas e pescoço, deixando o rosto descoberto.
As leis francesas
De acordo com o jornal francês Le Monde, o princípio da laïcité (secularismo), estabelecido na Lei de 1905, exige a neutralidade religiosa do Estado francês.
Duas leis principais geram polêmica:
- Lei de 2004: proibiu o uso de símbolos religiosos ostensivos (incluindo o hijab para muitos) em escolas públicas primárias e secundárias, visando manter a neutralidade do ambiente escolar;
- Lei de 2010: baniu o uso de qualquer vestimenta que oculte o rosto, afetando diretamente a burca e o niqab, em todo o espaço público. Os argumentos incluíram segurança pública, dignidade da mulher e a promoção da “convivência”.

Agora você já sabe quais as diferenças entre burca, hijab e niqab – Foto: Pixabay/ND
As leis que proíbem o uso de véus e outras roupas religiosas na França geram opiniões divididas. Quem apoia essas regras diz que elas defendem os valores do país, como a igualdade entre homens e mulheres e a segurança.
Já quem critica, afirma que as proibições atingem principalmente as mulheres muçulmanas, podem ser preconceituosas e ignoram o direito de cada uma escolher o que vestir.