População segue usando passagem

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Quem precisa atravessar a Ponte Cupissura, na PB-034, entre os municípios de Alhandra e Caaporã, depara-se com um buraco cruzando quase toda a pista. A ruptura em elementos estruturais da ponte sobre o Rio Papocas foi causada pelas chuvas de janeiro deste ano e ameaça a segurança dos moradores e dos veículos que escoam a produção agrícola e industrial da região. Mas, apesar do risco de colapso e da interdição do trecho, motoristas e motociclistas seguem utilizando a via, como flagrou a reportagem do Jornal A União.

Segundo Orlando Soares, diretor de Operações do Departamento de Estradas de Rodagem da Paraíba (DER-PB), a decisão de fechar o tráfego teve o objetivo de evitar desastres e, por conseguinte, preservar vidas. “Infelizmente, a população, um pouco ansiosa, furou o bloqueio, tirou os tubos e danificou parte da sinalização. Mas tudo o que está ali foi colocado para preservá-los”, ressaltou. Ele disse ainda que o DER-PB está preocupado com essa atitude dos locais e que, na próxima semana, o órgão terá novidades. “Daremos trafegabilidade por meio de um serviço provisório”, adiantou.

O estado atual da ponte fez o Governo do Estado da Paraíba decretar situação de emergência na rodovia, em decisão publicada no Diário Oficial de ontem, a fim de acelerar a recuperação do trecho de 15 metros afetado pelas chuvas. O decreto se baseou em um laudo técnico das gerências de Obras e de Manutenção do DER-PB, que classificaram a ponte como Grau de Risco 1 — ou seja, com risco de colapso absoluto e alta probabilidade de acidente com vítimas. Segundo o estudo, como a estrutura foi construída há mais de 50 anos, a tecnologia tornou-se ultrapassada e não suporta mais as cargas dos veículos, especialmente dos caminhões que transportam cana-de-açúcar e outros produtos pesados.

Conforme Orlando, a travessia alternativa será construída próximo à ponte, em um local e traçado a serem definidos pelos engenheiros do DER-PB. Paralelamente, o órgão estadual dará início à recuperação do trecho interditado. “Vamos fazer a contratação emergencial da nova ponte, corrigindo o trecho e melhorando o entorno. Dentro de um prazo máximo de seis meses, a rodovia estará totalmente requalificada”, garantiu.

*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 10 de abril de 2025.

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A União

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