PM da reserva acusado de estuprar e matar sobrinho em Porto Alegre tem júri marcado para outubro


Andrei Ronaldo Goulart Gonçalves, então com 12 anos, foi encontrado morto na cama com marca de disparo de arma de fogo na testa em 2016. Julgamento deve acontecer no dia 27 de outubro. Após insistência de Catia Goulart, mãe do menino, Ministério Público do RS reabriu o caso.
Jonas Campos/RBS TV
A 1ª Vara do Júri do Foro Central da Comarca de Porto Alegre marcou para 27 de outubro o júri do policial militar da reserva Jeverson Olmiro Lopes Goulart, acusado de ter estuprado e matado o sobrinho em Porto Alegre, em 2016. Ele réu por homicídio duplamente qualificado e por estupro de vulnerável. Relembre o caso abaixo.
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Goulart foi denunciado pelo Ministério Público do RS (MPRS), em 2020, após a mãe Catia Goulart desconfiar das investigações.
O g1 tentou contato com a defesa de Jeverson, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.
Já a defesa por parte da família do menino afirma que recebe a designação do júri “com respeito e confiança no trabalho do Poder Judiciário. A família da vítima segue firme na busca por justiça, acreditando que o julgamento representará um marco de dignidade e reparação diante de tamanha brutalidade”.
A decisão do Tribunal de Justiça do RS, determinando que o homem será julgado pelo júri, foi proferida em maio de 2023.
Relembre o caso
No dia 30 de novembro de 2016, Andrei, então com 12 anos, foi encontrado morto em sua cama no quarto que dividia com o tio. Desde o início, Jeverson alegava que o sobrinho havia se matado e o crime chegou a ser investigado pela Polícia Civil como suicídio, mas o inquérito foi concluído como acidente.
Cátia insistia na reabertura das investigações, pois desconfiava da condução do inquérito e das provas colhidas na época . Após insistência da família, quatro anos depois, o caso foi reaberto pelo Ministério Público, que o denunciou por homicídio e, após seis meses, por estupro de vulnerável.
Em depoimento, Jeverson diz que estava na casa da irmã há cerca de um mês, em visita à família, mas seria morador do Rio de Janeiro. Ele alega que estava dormindo na cama de baixo do beliche quando, por volta das 2h, “acordou com o barulho de um disparo de arma de fogo e encontrou a vítima ensanguentada na cama de cima”.
O tio da vítima sustenta que “alertou a todos os moradores sobre a presença da arma e a proibição de pegarem”. Sobre a ausência de digitais, ele disse à Justiça que “lavou as mãos enquanto aguardava a perícia no apartamento, pois foi ao banheiro”.
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