Corpo de Bombeiros Militar inicia perícia para apurar causa de incêndio em barracão da Vale Samba em Joaçaba

Após oito horas ininterruptas de trabalho, e
Corpo de Bombeiros Militar concluiu o rescaldo de um incêndio de grandes
proporções no barracão da escola de samba Vale Samba, em Joaçaba, que começou
por volta das 7h. Ainda durante a tarde, foi iniciado o trabalho de perícia que
indicará as causas do incêndio. A emissão do laudo tem um prazo de até 30 dias.

De imediato, equipes dos quartéis de
bombeiros militares de Joaçaba, Catanduvas e Água Doce foram mobilizadas,
totalizando 12 combatentes no local, entre bombeiros militares e comunitários.
Ao chegar à ocorrência, as equipes do CBMSC se depararam com um incêndio de
grandes proporções e com alto poder calorífico, decorrente do grande volume de
material inflamável e tóxico no barracão. Esse fator dificultou o combate às
chamas e contribuiu para a rápida propagação do incêndio.

O comando da operação ficou a cargo do 1º
tenente Germanovix, que destacou que, apesar da complexidade e dos riscos
apresentados, como a intensidade das chamas, a presença de produtos tóxicos da
combustão, o colapso total da estrutura do telhado, o risco de desabamento das
paredes e a presença de metais retorcidos, graças à pronta resposta e ao
trabalho estratégico das equipes, os imóveis vizinhos, tanto residenciais
quanto comerciais, foram totalmente preservados, evitando danos ainda maiores à
comunidade.

De acordo com o tenente-coronel Ilton Schpil,
comandante do 11º Batalhão de Bombeiros Militar de Joaçaba e atual presidente
da Coordenadoria de Combate a Incêndio Urbano, ocorrências dessa natureza e
magnitude apresentam um grau de dificuldade elevado, além de um potencial risco
à integridade física dos bombeiros combatentes. “A alta concentração de
materiais inflamáveis, na grande maioria derivados de petróleo, como isopor,
espumas, plumagens e tecidos sintéticos que compõem as fantasias, carros
alegóricos e outros adereços, geram chamas de alta intensidade, com poder
calorífico que pode chegar a 1000ºC e velocidade de propagação elevadas, sem
contar a presença de produtos da combustão altamente tóxicos, como o monóxido
de carbono (CO), dióxido de enxofre (SO2) e cianeto de hidrogênio (HCN)”,
explicou o tenente-coronel.